MOP - O Perfume Voraz - Lobélia Stoker
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MOP - O Perfume Voraz - Lobélia Stoker
O PERFUME VORAZ
O que tem além da gruta?
Lobélia, a recém chegada filha de Atena, estava passeando pela floresta com um outro campista quando escutou um arranhar constante em algo que parecia pedra. O barulho era constante e bem chato, mas não o suficiente para que a inteligentíssima filha da sabedoria fosse conferir o que era. Ela sabe que nos filmes de terror, a pessoa que vai conferir barulhos desnecessários, sempre se dá mal e, assim, ela não queria perigo algum em sua sombra.
Entretanto, algo mais sinistro aconteceu. Ao passar perto da gruta, ela pode sentir um perfume extremamente doce. O cheiro era enebriante e era como se uma voz sussurrasse diretamente em sua mente para que entrasse ali dentro... A questão era: será que há algo ali dentro ou há alguém nas redondezas que precisa ser detido?
Somente Lobélia poderia resolver essa questão.
- objetivo:
- Abaixo há uma lista de coisas a se fazer em sua missão, não é preciso fazer tudo, mas escolha pelo menos 10 itens que julgar interessante e apresente em sua missão da forma que achar mais interessante.
- resolva o mistério da gruta (100XP)
- achar um mapa velho (10XP)
- Usar o final da postagem com Achilles para emendar nessa OP, si conseguir, ganha-se 1 nível (fica em aberto)
- usar sua faca inicial em três situações diferentes (1 ponto de treinamento em faca)
- não usar seus itens de reclamação (10XP)
- combater um semideus (1 Nível)
- combater dois monstro de 2 estrelas (1 Nível)
- achar um item quebrado (5XP)
- achar um item roxo (5XP)
- achar um tem feito de vidro (10XP)
- achar um tecido com padrão (5XP)
- combinar os itens acima para te rum item especial (ganha-se um presente no final da missão)
- querer algo impossível (15XP)
- perder um ponto em algum treinamento (50XP)
- perder 75% de HP (50XP)
- Se defender por 3 vezes durante situações diferentes (1 ponto de uso de escudo/armamento)
- descrever pelo menos dois pensamentos de amor (10XP)
- ter um conflito de força (1 ponto de treinamento com punhos)
- correr pela sua vida (5XP)
- encontrar um arco velho e o use (1 ponto de treinamento com arco)
- encontrar pelo menos 1 monstro que não esteja na lista do bestiário (25XP + classificação desse monstro)
- ortografia correta (20XP)
- dinamismo do texto (20XP)
- texto de até 50 linhas (20XP)
- texto de 100 linhas (50XP)
- Texto de 200 linhas ou mais (100XP)
- regras:
- - como eu já disse, não precisa fazer tudo, escolha o que achar viável para sua história fazer sentido.
- Ao final eu contabilizarei seus ganhos e perdas e possivelmente lhe darei um item especial
-boa sorte
Haymon Derrier
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Re: MOP - O Perfume Voraz - Lobélia Stoker
perfume can kill
Shadows settle on the place that you left. Our minds are troubled by the emptiness Destroy the middle it's a waste of time From the perfect start to the finish line
Agora não corria mais, apenas caminhava ao lado de meu colega da floresta. Era uma boa companhia, gostei de seu jeito. Passávamos perto da gruta, os outros campistas insistiam que ela era assombrada, então quando um barulho de rocha sendo triturada começou, fui a primeira a engolir seco. Eu não era uma medrosa, mas não gostava de me meter em confusão à toa. Quando olho para trás, percebo que estou sozinha, decido voltar para minha cabana quando algo acontece. Sinto o vento suavemente bagunçar ainda mais meu cabelo. Em um sinal automático, abraço meu próprio corpo, e tento manter minha postura ereta, viro-me um pouco contra o vento, que trás consigo um perfume enlouquecedor, o perfume de meu pai.
Papai! Meu corpo todo arrepia de ansiedade, ele não poderia estar ali, eu o enterrará a alguns dias, seria isso possível? Aquele perfume era inconfundível, era meu pai, eu precisava falar com ele, dizer coisas que eu não havia dito expressar meu amor, dizer o quanto eu sentia sua falta.Tento procurar por ele, e vejo o que parecia uma miragem. Meu pai estava ali. Longe, mas estava ali, apenas alguns passos e eu o encontraria. Mal vejo seus contornos, pois o sol forma uma densa cobertura, assim não vejo nada além de luz. Chamo seu nome, mas ele continua seguindo para longe. Apresso-me e sigo o homem.
Ele aperta seus passos, e rapidamente se perde na escuridão, dentro da gruta úmida. Um cheiro de crianças, homens, animais, e cestas de lanche invadem minhas narinas. Era como se todos os perfumes do mundo estivessem ali dentro, condensados em um. Tudo se mistura em um redemoinho de essências e cores. Tropeço em um emaranhado de papel amassado enrolado por uma fita roxa. Mas não importa, o homem corria muito, e se eu parasse, mesmo que por um instante, eu o perderia para sempre. Percebendo minha aflição, o homem para. Volta-se para mim, e começa a correr na minha direção. Ao invés de ficar feliz, e correr para abraçá-lo, corro dele. Aquilo não era meu pai, era um ser desfigurado, e medonho. No lugar de olhos, um liquido negro e grotesco a escorrer. Ele era rápido, muito mais rápido que eu. Era um Ghouls. Meu pai era um zumbi. Ele era assustador, e parecia faminto. Antes que pudesse alcançar meu rosto, bato em sua cabeça com meu cotovelo. Foi algo pouco medido, e não acerto em cheio. Ele consegue alcançar meu braço, mas consigo acertar a lateral de seu rosto. Ele tenta me encurralar na parede, e aos poucos começamos uma briga bem dolorosa para mim. Minha faca começava a cortar minha perna, e só assim me lembro que ela estava em meu bolso, e para tentar me defender, acabei batendo com a cabeça na parede, e aquela parte não parava de latejar. O monstro solta grunhidos estranhos, e só parecia torcer pelo meu cansaço. Como um morto vivo, ele provavelmente me devoraria assim que não eu conseguisse mais mantê-lo afastado. Minha única opção é matá-lo o mais rápido possível. Com um chute consigo acerta sua coxa, e ele se afasta me dando tempo de alcançar minha faca. Acerto a lâmina em seu ouvido, e em suas costas. Mas com apenas um golpe, escuto o estralar de meus ossos, e a escuridão toma conta de mim.
Eu fora jogada contra a parede rochosa da gruta, e sinto a dor em meu braço quando tento me levantar. Possivelmente quebrado, senão, no mínimo uma luxação eu havia ganhado. Respiro com dificuldade, a dor ainda me desconcentra, e o cheiro de sangue sufoca todos os outros odores ali. Levanto-me com o apoio do braço bom, e tento me concentrar. Não escuto nenhum barulho, o Ghoul deveria estar ali, ele jamais deixaria um humano assim tão facilmente, eu estava agradecida, mas algo parecia muito errado. Enquanto me concentro na escuridão, tentando fazer com que meus olhos acostumassem com o breu, percebo ruídos no fundo da gruta. Pareciam com vozes, mas eu não tinha certeza. Uma delas parecia um zumbido. Vou me aproximando com cautela, não queria me revelar ali, não antes de saber o que decidira se esconder naquela escuridão. O chão era de terra macia, por isso percebo quando piso em algo mais sólido. Abaixo-me para avaliar o item. Era um arco envolto em um tecido com estampas de corações, ou que restara dele. Não tinha corda, e de nada serve um arco sem uma flecha.
Quando termino de desenterrar o artefato, corto meu dedo com cacos de vidro que estavam parcialmente enterrados. Parecia uma taça, mas uma de suas extremidades era agora pontiaguda como uma foice. Minha cabeça começa à maquinar. Eu havia encontrado um papel amassado, e também algo parecido com uma fita lilás. Se eu conseguisse encontrar alguma lança, eu poderia montar minha própria flecha.
Volto para aonde eu havia começado minha jornada, e decido ir embora, o mistério da gruta não valia o preço da minha vida, mas ao encontrar o papel que era na verdade um mapa da própria caverna,percebo que a gruta se fechara magicamente, então de acordo com o mapa, minha única saída seria passar pelas vozes. Eu iria passar por lá, mas não sem arrumar uma arma. Eu ainda precisava terminar minha flecha, e noto que um quadro estava pendurado em uma das paredes. Era na verdade um espelho antigo, cuja base de madeira estava quebrada, e saiu facilmente da moldura. Pego minha faca, e começo a retirar lascas da madeira. O serviço é árduo e acabo cortando meu dedo uma, ou duas vezes, mas consigo uma forma parecida com a de uma flecha. Uso a fita lilás para amarrar um caco da taça na ponta de minha lança. Eu ainda precisava de uma corda. Começo a analisar o tecido estampado, e sua elasticidade era maravilhosa, então com a ajuda de minha faca tiro uma longa tira de pano, e amarro nas extremidades do arco. Texto algumas vezes, e me parece bom. Ali somente minha pontaria poderia estragar tudo, e meu braço machucado não parecia querer me obedecer tão bem. Mas eu tinha outra opção. Coloco minha faca na borda da calça, aonde eu poderia alcançá-la com sucesso, e sigo até o fundo da caverna, em direção ao meu destino.
Quanto mais caminho, percebo a claridade invadir o ambiente. Era uma luz farfalhante, talvez fosse uma tocha, ou uma fogueira. Ao chegar ao fim de meu caminho, encontro três seres completamente diferentes. Uma Dracaenae, um grifo e um semideus. A mulher-serpente tenta atingir o rapaz, que parece estar alí há muito tempo, mas seu grifo o defende. O animal também parecia machucado, e faminto. Miro minha flecha na cabeça da serpente, mas antes que eu pudesse atirar, sinto uma rocha acertar minha nuca. Não era grande, mas causou um galo de imediato. Viro para trás e vejo meus maiores pesadelos. Meu pai morto no chão, minha madrasta decapitada, o acampamento pegando fogo, e outras visões piores do que pude descrever. Não vejo quem jogou a rocha, então corro daquele pesadelo e grito pelo menino. Ele parecia não ter nada mais que 7 anos, era pequeno e meio magricela. O grifo com certeza era seu, pois o protegia com muito cuidado. Eu estava mais perto, então mirei na cabeça da serpente. Como que por um passe de mágica, ela desapareceu ao ter sua face perfurada. Aproximo-me do garoto. Seu rostinho doce me lembrava de minha madrasta, as mesmas feições amáveis, o mesmo cabelo loiro. Senti tanto amor por ele, que precisava ajudá-lo. Quase alcançando o rapaz, ele gritou muito alto ao me ver, e seu grifo me atacou. O braço que já estava machucado se tornou um frangalho de carne viva. Soltei um grito de pura dor, e corri até o menino, para evitar que ele fosse atacado pelo grifo. O menino me empurra, e tenta me atacar com sua faca. Dou-lhe uma rasteira e me afasto um pouco.
Eu fora pega de surpresa, e o menino se levantara de modo rápido e me acertara um golpe. Por sorte e reflexo de semideus, havia sido atingida apenas no ombro. Cravei minha faca em seu ombro. Ele gritara de dor, meu coração se despedaçou de remorso, mas não tinha tempo a perder. Agarrei o braço do garoto, jogando-o para o lado. Ainda com a faca em mãos, tent fugir das patadas do grifo. Agarrei o pescoço do menino, enquanto fazia força em um combate corpo-a-corpo. O garoto imobilizado tentava me morder, mostrando os dentes sem parar. Tento sacudir o rapaz e colocar um pouco de juízo em sua cabeça, quando vejo a névoa em seus olhos. Ele não estava normal, e eu precisava descobrir o motivo. O grifo corria desesperado atrás do rapaz, e eu agora cobria a boca do menino evitando que ele soltasse algum som. Observo o local, uma lamparina, um grifo desesperado, uma flecha mal feita, e um vidro de perfume destampado. A única coisa estranha naquele ambiente era o vidro aberto. Eu não tinha um palpite melhor, então jogo o garoto no chão com força, e corro pelo grifo com toda a velocidade. Pego o frasco e vedo sua boca com o resto do pano de coração. Imediatamente vejo minha mente clarear. Nenhum odor estranho ali. Somente terra, sangue. Nada mágico. O menino se levanta segurando seu ombro, e se dirige à mim.
- Eles foram embora? Os monstros foram embora?
Seus olhinhos negros se enchem de lágrimas, e ele corre na minha direção, se jogando em meus braços. Sinto o impacto, e mais dor. Meu braço por sorte não teria que ser amputado depois daquilo. Pego o mapa de meu bolso, e vejo que era na verdade um mapa do metro de Londres, e não um mapa da gruta. Respiro fundo e me viro para o campista.
- Olha, os monstros já foram embora, mas eu preciso saber o que aconteceu aqui. Eu vou te proteger, mas preciso da verdade.
Ele me olha com lagrimas nos olhos, e começa a falar meio que tropeçando nas palavras.
- Meu nome é Venom, sou filho de Perséfone. Eu estava treinando magia, e tinha essa poção que eu queria muito fazer, porque minha mãe adora perfumes, e essa poção era muito difícil de fazer, mas eu achei que se eu conseguisse fazer ela certa, minha mamãe viria me ver. Mas como eu ainda não podia fazer essa poção, meu treinador me proibiu. Então eu roubei alguns ingredientes, e vim testar ela aqui. Eu trouxe o tufão, meu grifo, porque não queria ficar sozinho aqui dentro, mas a poção deu errado, e eu comecei a ver monstros e todos os lugares, e não conseguia mais achar a saída daqui. Então você chegou, e eu achei que você fosse um monstro, por isso eu te ataquei. Desculpa.
Ele começou a chorar, e eu não pude culpá-lo. Ele era um amorzinho, afinal de contas. Decidi que não falaria nada, mas antes que eu pudesse continuar meu pensamento, escuto uma voz me chamando na porta da caverna.
Seguindo o som da voz, encontramos a saída, e do lado de fora, meu amigo campista estava com uma rocha na mão. Se preparando para jogar outra lá dentro. Seu estado não parecia muito melhor que o meu.
- E aí colega, caiu numa enrascada também? Só digo uma coisa, vou passar longe de perfumes por um bom tempo. Vamos pra enfermaria, temos algumas explicações, e alguns concertos para fazer, certo Venom?
O filho de Perséfone sorri amarelo. Ele segura o braço machucado, me seguindo junto ao grifo. Eu estava aliviada, finalmente havia saído daquele pesadelo, mas eu ainda tinha uma pergunta.
- Garoto, essa poção era pra que?
Ele me responde envergonhado que era um perfume que evitava pesadelos. Algo como um filtro dos sonhos liquido. Lembro-me dos horrores que vi na caverna, e dou um riso de escárnio.
- É, parece que você errou muito feio nessa poção.
Papai! Meu corpo todo arrepia de ansiedade, ele não poderia estar ali, eu o enterrará a alguns dias, seria isso possível? Aquele perfume era inconfundível, era meu pai, eu precisava falar com ele, dizer coisas que eu não havia dito expressar meu amor, dizer o quanto eu sentia sua falta.Tento procurar por ele, e vejo o que parecia uma miragem. Meu pai estava ali. Longe, mas estava ali, apenas alguns passos e eu o encontraria. Mal vejo seus contornos, pois o sol forma uma densa cobertura, assim não vejo nada além de luz. Chamo seu nome, mas ele continua seguindo para longe. Apresso-me e sigo o homem.
Ele aperta seus passos, e rapidamente se perde na escuridão, dentro da gruta úmida. Um cheiro de crianças, homens, animais, e cestas de lanche invadem minhas narinas. Era como se todos os perfumes do mundo estivessem ali dentro, condensados em um. Tudo se mistura em um redemoinho de essências e cores. Tropeço em um emaranhado de papel amassado enrolado por uma fita roxa. Mas não importa, o homem corria muito, e se eu parasse, mesmo que por um instante, eu o perderia para sempre. Percebendo minha aflição, o homem para. Volta-se para mim, e começa a correr na minha direção. Ao invés de ficar feliz, e correr para abraçá-lo, corro dele. Aquilo não era meu pai, era um ser desfigurado, e medonho. No lugar de olhos, um liquido negro e grotesco a escorrer. Ele era rápido, muito mais rápido que eu. Era um Ghouls. Meu pai era um zumbi. Ele era assustador, e parecia faminto. Antes que pudesse alcançar meu rosto, bato em sua cabeça com meu cotovelo. Foi algo pouco medido, e não acerto em cheio. Ele consegue alcançar meu braço, mas consigo acertar a lateral de seu rosto. Ele tenta me encurralar na parede, e aos poucos começamos uma briga bem dolorosa para mim. Minha faca começava a cortar minha perna, e só assim me lembro que ela estava em meu bolso, e para tentar me defender, acabei batendo com a cabeça na parede, e aquela parte não parava de latejar. O monstro solta grunhidos estranhos, e só parecia torcer pelo meu cansaço. Como um morto vivo, ele provavelmente me devoraria assim que não eu conseguisse mais mantê-lo afastado. Minha única opção é matá-lo o mais rápido possível. Com um chute consigo acerta sua coxa, e ele se afasta me dando tempo de alcançar minha faca. Acerto a lâmina em seu ouvido, e em suas costas. Mas com apenas um golpe, escuto o estralar de meus ossos, e a escuridão toma conta de mim.
Eu fora jogada contra a parede rochosa da gruta, e sinto a dor em meu braço quando tento me levantar. Possivelmente quebrado, senão, no mínimo uma luxação eu havia ganhado. Respiro com dificuldade, a dor ainda me desconcentra, e o cheiro de sangue sufoca todos os outros odores ali. Levanto-me com o apoio do braço bom, e tento me concentrar. Não escuto nenhum barulho, o Ghoul deveria estar ali, ele jamais deixaria um humano assim tão facilmente, eu estava agradecida, mas algo parecia muito errado. Enquanto me concentro na escuridão, tentando fazer com que meus olhos acostumassem com o breu, percebo ruídos no fundo da gruta. Pareciam com vozes, mas eu não tinha certeza. Uma delas parecia um zumbido. Vou me aproximando com cautela, não queria me revelar ali, não antes de saber o que decidira se esconder naquela escuridão. O chão era de terra macia, por isso percebo quando piso em algo mais sólido. Abaixo-me para avaliar o item. Era um arco envolto em um tecido com estampas de corações, ou que restara dele. Não tinha corda, e de nada serve um arco sem uma flecha.
Quando termino de desenterrar o artefato, corto meu dedo com cacos de vidro que estavam parcialmente enterrados. Parecia uma taça, mas uma de suas extremidades era agora pontiaguda como uma foice. Minha cabeça começa à maquinar. Eu havia encontrado um papel amassado, e também algo parecido com uma fita lilás. Se eu conseguisse encontrar alguma lança, eu poderia montar minha própria flecha.
Volto para aonde eu havia começado minha jornada, e decido ir embora, o mistério da gruta não valia o preço da minha vida, mas ao encontrar o papel que era na verdade um mapa da própria caverna,percebo que a gruta se fechara magicamente, então de acordo com o mapa, minha única saída seria passar pelas vozes. Eu iria passar por lá, mas não sem arrumar uma arma. Eu ainda precisava terminar minha flecha, e noto que um quadro estava pendurado em uma das paredes. Era na verdade um espelho antigo, cuja base de madeira estava quebrada, e saiu facilmente da moldura. Pego minha faca, e começo a retirar lascas da madeira. O serviço é árduo e acabo cortando meu dedo uma, ou duas vezes, mas consigo uma forma parecida com a de uma flecha. Uso a fita lilás para amarrar um caco da taça na ponta de minha lança. Eu ainda precisava de uma corda. Começo a analisar o tecido estampado, e sua elasticidade era maravilhosa, então com a ajuda de minha faca tiro uma longa tira de pano, e amarro nas extremidades do arco. Texto algumas vezes, e me parece bom. Ali somente minha pontaria poderia estragar tudo, e meu braço machucado não parecia querer me obedecer tão bem. Mas eu tinha outra opção. Coloco minha faca na borda da calça, aonde eu poderia alcançá-la com sucesso, e sigo até o fundo da caverna, em direção ao meu destino.
Quanto mais caminho, percebo a claridade invadir o ambiente. Era uma luz farfalhante, talvez fosse uma tocha, ou uma fogueira. Ao chegar ao fim de meu caminho, encontro três seres completamente diferentes. Uma Dracaenae, um grifo e um semideus. A mulher-serpente tenta atingir o rapaz, que parece estar alí há muito tempo, mas seu grifo o defende. O animal também parecia machucado, e faminto. Miro minha flecha na cabeça da serpente, mas antes que eu pudesse atirar, sinto uma rocha acertar minha nuca. Não era grande, mas causou um galo de imediato. Viro para trás e vejo meus maiores pesadelos. Meu pai morto no chão, minha madrasta decapitada, o acampamento pegando fogo, e outras visões piores do que pude descrever. Não vejo quem jogou a rocha, então corro daquele pesadelo e grito pelo menino. Ele parecia não ter nada mais que 7 anos, era pequeno e meio magricela. O grifo com certeza era seu, pois o protegia com muito cuidado. Eu estava mais perto, então mirei na cabeça da serpente. Como que por um passe de mágica, ela desapareceu ao ter sua face perfurada. Aproximo-me do garoto. Seu rostinho doce me lembrava de minha madrasta, as mesmas feições amáveis, o mesmo cabelo loiro. Senti tanto amor por ele, que precisava ajudá-lo. Quase alcançando o rapaz, ele gritou muito alto ao me ver, e seu grifo me atacou. O braço que já estava machucado se tornou um frangalho de carne viva. Soltei um grito de pura dor, e corri até o menino, para evitar que ele fosse atacado pelo grifo. O menino me empurra, e tenta me atacar com sua faca. Dou-lhe uma rasteira e me afasto um pouco.
Eu fora pega de surpresa, e o menino se levantara de modo rápido e me acertara um golpe. Por sorte e reflexo de semideus, havia sido atingida apenas no ombro. Cravei minha faca em seu ombro. Ele gritara de dor, meu coração se despedaçou de remorso, mas não tinha tempo a perder. Agarrei o braço do garoto, jogando-o para o lado. Ainda com a faca em mãos, tent fugir das patadas do grifo. Agarrei o pescoço do menino, enquanto fazia força em um combate corpo-a-corpo. O garoto imobilizado tentava me morder, mostrando os dentes sem parar. Tento sacudir o rapaz e colocar um pouco de juízo em sua cabeça, quando vejo a névoa em seus olhos. Ele não estava normal, e eu precisava descobrir o motivo. O grifo corria desesperado atrás do rapaz, e eu agora cobria a boca do menino evitando que ele soltasse algum som. Observo o local, uma lamparina, um grifo desesperado, uma flecha mal feita, e um vidro de perfume destampado. A única coisa estranha naquele ambiente era o vidro aberto. Eu não tinha um palpite melhor, então jogo o garoto no chão com força, e corro pelo grifo com toda a velocidade. Pego o frasco e vedo sua boca com o resto do pano de coração. Imediatamente vejo minha mente clarear. Nenhum odor estranho ali. Somente terra, sangue. Nada mágico. O menino se levanta segurando seu ombro, e se dirige à mim.
- Eles foram embora? Os monstros foram embora?
Seus olhinhos negros se enchem de lágrimas, e ele corre na minha direção, se jogando em meus braços. Sinto o impacto, e mais dor. Meu braço por sorte não teria que ser amputado depois daquilo. Pego o mapa de meu bolso, e vejo que era na verdade um mapa do metro de Londres, e não um mapa da gruta. Respiro fundo e me viro para o campista.
- Olha, os monstros já foram embora, mas eu preciso saber o que aconteceu aqui. Eu vou te proteger, mas preciso da verdade.
Ele me olha com lagrimas nos olhos, e começa a falar meio que tropeçando nas palavras.
- Meu nome é Venom, sou filho de Perséfone. Eu estava treinando magia, e tinha essa poção que eu queria muito fazer, porque minha mãe adora perfumes, e essa poção era muito difícil de fazer, mas eu achei que se eu conseguisse fazer ela certa, minha mamãe viria me ver. Mas como eu ainda não podia fazer essa poção, meu treinador me proibiu. Então eu roubei alguns ingredientes, e vim testar ela aqui. Eu trouxe o tufão, meu grifo, porque não queria ficar sozinho aqui dentro, mas a poção deu errado, e eu comecei a ver monstros e todos os lugares, e não conseguia mais achar a saída daqui. Então você chegou, e eu achei que você fosse um monstro, por isso eu te ataquei. Desculpa.
Ele começou a chorar, e eu não pude culpá-lo. Ele era um amorzinho, afinal de contas. Decidi que não falaria nada, mas antes que eu pudesse continuar meu pensamento, escuto uma voz me chamando na porta da caverna.
Seguindo o som da voz, encontramos a saída, e do lado de fora, meu amigo campista estava com uma rocha na mão. Se preparando para jogar outra lá dentro. Seu estado não parecia muito melhor que o meu.
- E aí colega, caiu numa enrascada também? Só digo uma coisa, vou passar longe de perfumes por um bom tempo. Vamos pra enfermaria, temos algumas explicações, e alguns concertos para fazer, certo Venom?
O filho de Perséfone sorri amarelo. Ele segura o braço machucado, me seguindo junto ao grifo. Eu estava aliviada, finalmente havia saído daquele pesadelo, mas eu ainda tinha uma pergunta.
- Garoto, essa poção era pra que?
Ele me responde envergonhado que era um perfume que evitava pesadelos. Algo como um filtro dos sonhos liquido. Lembro-me dos horrores que vi na caverna, e dou um riso de escárnio.
- É, parece que você errou muito feio nessa poção.
- OBS:
- resolva o mistério da gruta (100XP) Resolvido.
- achar um mapa velho (10XP) Encontrado.
- Usar o final da postagem com Achilles para emendar nessa OP, se conseguir, ganha-se 1 nível
- usar sua faca inicial em três situações diferentes (Com o Ghoul, para fazer a flecha, e para machucar o semideus)
- não usar seus itens de reclamação (10XP) Não utilizei.
- combater um semideus (1 Nível) Luta com Venom
- combater dois monstro de 2 estrelas (1 Nível) Dracanae e Grifo
- achar um item quebrado (5XP) Espelho quebrado
- achar um item roxo (5XP) Fita roxa
- achar um tem feito de vidro (10XP) Taça quebrada
- achar um tecido com padrão (5XP) Tecido que envolvia o arco, com estampa de coração
- combinar os itens acima para te rum item especial (ganha-se um presente no final da missão) Combinados para criar uma flecha, para usar o arco.
- perder 75% de HP (50XP) - Durante as lutas, creio que perdi essa quantidade.
- descrever pelo menos dois pensamentos de amor (10XP) Descritos, por meu pai, e por Venom.
- ter um conflito de força (1 ponto de treinamento com punhos) Luta com o Ghoul.
- correr pela sua vida (5XP) Correr do Ghoul, correr do grifo.
- encontrar um arco velho e o use (1 ponto de treinamento com arco) Encontrei e usei.
- encontrar pelo menos 1 monstro que não esteja na lista do bestiário (25XP + classificação desse monstro) Ghoul.
- ortografia correta (20XP) à sua avaliação determinará.
- dinamismo do texto (20XP) à sua avaliação determinará.
- Texto de 200 linhas ou mais (100XP) (Nesse template, deu mais linhas)
Esse é meu post de número {03}. O tempo está {chuvoso}, e estou usando {roupa de ginástica}, Estou postando {Floresta}.
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Re: MOP - O Perfume Voraz - Lobélia Stoker
Parabéns pela missão.
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