Godlike Heroes
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

MOP| SURPRISE| AXL VALENTINE

Ver o tópico anterior Ver o tópico seguinte Ir para baixo

MOP| SURPRISE| AXL VALENTINE Empty MOP| SURPRISE| AXL VALENTINE

Mensagem por Apolo Ter Mar 28, 2017 3:30 pm

Surprise
Nem tudo acontece como se espera na vida dos semideuses, novas descobertas geram reviravoltas inimagináveis que surpreendem até mesmo os mais experientes. Sempre há um detalhe que não fora contado que pega a todos desprevenido e deixa o futuro incerto.
A vítima da vez foi  um filho de Dionísio que recebeu uma visita do Oráculo e agora se encontrava em uma séria situação para lutar pela própria vida.

Pontos Obrigatórios::
Regras:
avaland ®
Apolo
Apolo
Deuses
Mensagens :
80

Humor :
Radiante

Ir para o topo Ir para baixo

MOP| SURPRISE| AXL VALENTINE Empty Re: MOP| SURPRISE| AXL VALENTINE

Mensagem por Axl Valentine Ter Mar 28, 2017 9:07 pm

Taste Me... Drink Me... Never Leave Me

Era uma manhã nublada de outono. O sol não estava muito feliz, assim como eu. Talvez fosse a falta que Alexander me faz ou a forma como ele me trata, sempre emburrado quando eu pareço feliz ou não permito que ele me toque mais do que deve em público. Não sei explicar muito bem, mas...

[...]

Meus pés me levaram até algum lugar na colina, onde as pinhas estavam deitadas na grama. Fazia um bom tempo que não via pinhas no chão. Eu sei que eles são o símbolo de meu pai imortal, mas elas também me lembram de meu pai finito. Nos natais, eu e ele pintávamos as pinhas para enfeitar a arvore de natal. Meus lábios sorriram saudosos, mas não tive tempo de pensar em mais nada. Um gás esverdeado tomou parte da colina e envolveu-me com ternura.
A oráculo do acampamento estava lá: Cleonia Hunter.

Senti um arrepio tomar meu corpo, mas nada muito fantasmagórico. A garota trazia tranquilidade e calmaria aos corações. Sua aparência era bem fofa e jovial. Sua determinação era estampada no olhar e a fumaça esverdeada a deixava mais misteriosa do que deveria. Ela era a única humana que podia entrar nos limites do acampamento e isso era meio aterrorizante de certa forma.
A única coisa que ela me disse foi – Vá até o porto mais próximo e siga o ladrão, o resto fluirá como uma brisa de verão.
Assenti e meus instintos foram seguir para fora dos limites da colina, entrando no mundo dos humanos. Por incrível que pareça, eu estava com a minha arma, já que ela é um piercing atado a minha orelha. Chequei os bolsos e encontrei algum dinheiro, o que serviria para pegar ônibus para chegar mais rápido na estação de NY. De lá eu iria para o porto de Manhattan e se tudo desse certo, eu encontraria o que fazer. Também encontrei amarrada ao meu cinto, minha adaga de bronze.

[...]

Chegando no porto, por incrível que pareça, sem perseguições monstruosas, notei um garoto de cabelos amarelos, esguio, alto e feições élficas andando pelas sombras de forma muito suspeita. Não lembro de tê-lo visto pelo acampamento, mas pelo que pude ver e sondar, ele parecia muito com os outros filhos de Hermes. Logo, se a oráculo me disse pra seguir um ladrão, tenho certeza que esse ladrão deva ser essa pessoa.

O segui devagar pelo porto, deslizando e pedindo desculpas às pessoas sempre que esbarrava nelas. Porem tive que parar. Um policial me achou suspeito e me arrastou até o posto de segurança mais próximo. O oficial me trancou numa salinha e sentou-se a minha frente. Ele tinha olhos acinzentados, porte atlético, cabelos amarelos como o milho e uma melancolia no olhar. Suas mãos eram grandes com veias saltadas e suspirava aliviado a cada dois minutos.

- Desculpa o incomodo meio sangue...

- O que!? Como sabe que eu sou...

- Eu sou um deus... – Falou o oficial e tirou o cap do alto da cabeça. Chifres de porcelana surgiram de cada lado de sua cabeça e a roupa do policial desapareceu, dando lugar a um corpo nu cheio de cicatrizes, como se ligassem as partes do corpo dele. Uma lágrima vermelha escorreu pelo seu rosto e pareceu contínua – Zagreus, o antecessor de seu pai e preciso de sua ajuda.

- Za... zagreus!? Mas como? – disse confuso

- Longa história. O importante é que você apareceu aqui e preciso que você recupere o que o ladrão me roubou.

- Ok – disse sem opção

- Além disso, preciso que você siga algumas regras básicas para recuperar o que me roubaram e se seguir todas elas, posso considerar te aceitar como devoto, caso queira – fiz que sim com a cabeça, todo atencioso – primeiro, você não deve matar o ladrão, segundo, arranque os corações de dois inimigos e terceiro e mais importante, renuncie sua posição de filho do olimpo ao pegar o que me roubaram, feito isso, você será meu e o que era meu será meu novamente

- Ok – concordei novamente. Sim, eu sou meio idiota por concordar com um negócio desses, mas se ele precisa ter de volta o que roubaram, era meu dever servi-lo da melhor maneira.
Após nossa conversa, ele me liberou dando-me a indicação de onde ir.

[...]

Quando cheguei lá, vi o ladrão pegando uma lancha, seguindo ao norte, sumindo na neblina densa. Foi então que com o dinheiro que me sobrara eu aluguei um barco e pedi para o condutor me levar até onde o garoto élfico havia ido.  Nas brumas, o condutor adormeceu, deixando-me cego no meio do mar.

Quando menos percebi, o barco havia atracado numa ilha. A neblina se dissipou e a lancha do ladrão estava lá, caída na areia. As pegadas ainda estavam ali e seguiam até a floresta de coqueiros e palmeiras. Desci do barco e segui em direção à trilha que o ladrão deixou. Sem muita delonga, cheguei nos limites da floresta e com cautela adentrei o lugar. O som dos pássaros era nitidamente livre e havia muitos sons naturais ali. Meu único medo era encontrar algum monstro no meio de tudo aquilo.

Enfim...

Dito e feito, dois ciclopes se aproximaram de mim, pedindo para que eu desistisse da minha vida pois queiram me comer. Na hora eu paralisei. Por alguma razão eu tenho medo de monstros humanoides. Talvez porque eles me lembrassem muito pessoas que me abusaram no colégio.  Ou talvez eu tenha pavor de seres humanos ou sei lá. Só sei que dei um passo para trás, até que minhas costas se prensaram contra uma palmeira.

Os ciclopes não eram tão gordos como aparentavam, talvez fosse a dieta escassa que havia na ilha. O fato é que eles facilmente se deslocavam pelas arvores até meu encontro. Engoli seco e minhas pernas tremeram. Tenho certeza que eles vão me estuprar aqui mesmo e depois me comer como lanche da tarde. Meu peito bateu bem forte e apesar de poder mata-los com apenas um tiro da minha pistola, eu não conseguia me mover. Odeio monstros com jeito e aparência humana... Odeio!

Eu ia fazer algo que me arrependeria depois, mas era preciso para que eles não me matassem de imediato. Ativei minhas habilidades e no primeiro toque dos ciclopes, os induzi ao prazer, tornando-me sexualmente atrativo e divertido para os monstros. Senti seus desejos imundos em cada toque e a vontade deles de me explorar ao máximo, aflorando em seus olhos, bocas e respirações pelo meu cangote.

Minha respiração ficou ofegante e meu corpo frágil demais para continuar. Eu ia ceder a qualquer momento e não tinha jeito. Somado ao meu pavor por seres humanoides, meu pior pesadelo estava se tornando realidade, Um dos ciclopes lambeu meu rosto e o outro mordiscou meu pescoço. Eu sei que pra eles eu era apenas um pirulito, mas tive medo de ser estuprado, e verdade. Eu queria fugir dali, correr, sumir, mas não conseguia sair daquela situação decadente.

“Alex.... cadê você” – pensei.

Passei o dedão pelo meu anel e vi o rosto da pessoa que amo... Meu peito ardeu e desapareci. Reapareci detrás das criaturas e, puxando meu piercing, minha arma de materializou se transformando numa pistola negra e pesada. Dei dois tiros contra as nucas dos ciclopes e ambos desabaram ali mesmo.

- Nuca toquem em mim... Nunca....- disse com lágrimas nos olhos e fúria no rosto vermelho.
Antes que eu pudesse ser consumido, lembrei que o meu anel tem poderes teletransportadores e posso usá-lo quando estiver em perigo ou indefeso. Meu anel era símbolo do meu, ou era, símbolo do amor que Alex tem por mim e vice-e-versa.

Catei a adaga de bronze do cinto e antes que os ciclopes virassem poeira, arranquei seus corações. Os amarrei pela aorta na minha cintura e continuei meu caminho. Ainda havia muito o que percorrer e precisava ser rápido o suficiente para encontrar o idiota do ladrão que roubou algo precioso de Zagreus.

[...]

Depois de pelo menos 15 minutos, acabei chegando num vilarejo abandonado. Havia casas de madeira aos pedaços, resquícios de fogueiras, panelas, comida estocada, alguns animais de fazenda soltos, um cachorro que não parava de latir, uma carriola com materiais de construção derrubado no chão, um barranco que dava para um outro canto da praia e, espera...

- EI! Volte aqui!! – Vi o garoto élfico caminhando pelo barranco. Ele se assustou e partiu em debandada.

Eu tinha certeza que não o alcançaria a tempo, então olhei em volta, para pensar em algo e peguei a carriola. Ela seria o meio mais rápido de descer o barranco e chegar até o garoto de Hermes antes que ele desaparecesse de vez. Empurrei o carrinho e quando atingi uma velocidade mínima, subi nele e deixei que a inercia me levasse até o fim do caminho.
Acabei trombando numa pedra e saí voando da carriola. Rolei pela areia áspera da praia. O ladrão estava lá, mas ele era mais rápido do que eu. Então apontei a mão para a parte da floresta que estava mais próxima do garoto e fiz vinhas percorrerem o espaço para prenderem o filho de Hermes. As trepadeiras foram inúteis no começo, mas embanaram o garoto o suficiente para que eu pudesse levantar e apontar minha pistola para a cabeça dele.

O garoto ergueu as mãos e deixou cair o que segurava: Uma espécie de gaiola. As vinhas o envolveram, deixando-o preso à primeira palmeira que encontrei.  Respirei por causa da aventura e limpei minhas roupas, que agora estavam em farrapos, da areia da qual rolei por cima. Limpei meu suor e guardei a minha arma na orelha.
Limpei a garganta.

- Porque você roubou isso – sim, isso, porque eu não sabia o que era, ainda não estou pronto para me opor ao olimpo para resgatar algo que zagreus perdeu – de Zagreus? O que você tem na cabeça? – falei doce, mesmo parecendo grosso.

O garoto não disse nada e, nem podia, algo saltou da floresta encobrindo o céu. Era um animal enorme, com asas de morcego, parecia um leão da montanha, um gamaleão para ser mais preciso. Eu não consegui fazer muita coisa, a não ser rolar pela areia e tirar o meu piercing da orelha. Rapidamente levantei-me e atirei contra o animal, mas ele era muito ágil e errei os três tiros que dei. Quando ia disparar o quarto, a fera estava próxima demais de mim. Ela me jogou contra o chão e mordeu meu ombro. Senti minha pele sendo furada, minha carne rasgando e parte dos meus ossos sendo esmigalhados. Senti dor, mas aproveitei o toque da besta para induzir dor e vertigem.

O gamaleão saltou de cima de mim e começou a vomitar violentamente, urrar desesperada e a cambalear. Aproveitei a deixa para me levantar e tomar fôlego. Olhei para trás e o filho de Hermes aprecia aterrorizado. Essa era a minha vez de atacar a besta antes dela recuperar-se dos sintomas e caso eu cause algum ferimento nela a dor será insuportável. Bati os pés na areia e evoquei vinhas da floresta para se enrolarem no monstro e lançarem o mesmo para cima e para baixo com força total, usando o impacto e a inercia para causar um dano absurdo contra o felino de asas.

O animal ficou imóvel por um instante, tremendo na areia, mas logo erguei-se. Tentei agarrar o felino com as vinhas, mas ele foi mais rápido e voou pelo céu, pousando detrás de mim. Senti um pouco de medo, mas assim que me virei, foi o tempo de desviar a cabeça para não ser acertado pelo jato de fogo quente e febril que jorrava da boca do gamaleão. Senti minha vida sendo extinguida ali mesmo, mas ainda estava vivo e pronto para agir.  

O gamaleão estufou o peito e novamente cuspiu a labareda de fogo contra mim. Pensei em Alex e me teletransportei em cima do animal, quando o fogo passou sobre mim. No ar, algumas brasas me envolviam. Meu corpo estava m tanto queimado, mas minha arma estava na minha mão absorvendo minha energia para dar o tiro RIP contra a fera. Senti VV me consumindo e puxei o gatilho. O som foi alto o suficiente para que tudo ficasse em câmera lenta (a sensação pelo menos). Quadro a quadro vi a bala sendo disparada e acertando o atlas (osso do pescoço) do gamaleão. Meu corpo desabou por sobre as cinzas da fera.

- Uffa... - suspirei aliviado.

[...]

Depois de me recuperar da batalha, ignorei o meio sangue, pois ele permaneceu mudo e não queria falar comigo, por mais bonzinho que eu fosse. Então eu ajoelhei perto do item coberto por um pano, acho que era couro, e exitei em tocar. Pensei em tudo o que meu pai era pra mim. Dionísio era a família que me sobrara. Alex vivia brigando comigo e isso era chato. Não posso chama-lo de família se ele insiste em me manter longe. Dio, apesar de longe, me dá sorrisos e encosta em mim quando ninguém vê. Eu sei que ele não me viu crescer, mas amou meu pai o suficiente para me conceber. Eu sou o presente de amor que o deus do vinho deu para meu pai como prova de amor eterno e por isso eu sou grato a ele.

- Não posso trocar meu pai por essa missão.... não posso... - falei pra mim mesmo em voz alta.

Novamente exitei. Eu precisava concluir a missão a todo custo, mas não desse jeito. Tirei o pano do item e vi uma gaiola. Dentro dela, um coração pulsante. Senti dor no peito. Esse era o coração de Zagreus, o coração que deu origem ao meu pai Dionísio. Comecei a chorar. Zagreus, na mitologia que me lembro, sofreu um grande trauma a mando de Hera, pois Zeus queria torna-lo um olimpiano, e pra isso, alguém precisava ceder o lugar para ele. Resumindo, Zagreus foi esquartejado pelos titãs, mas o rei do Olimpo salvou seu coração e fez uma poção para que Semele tomasse no ato sexual com o próprio Zeus, nascendo Dionísio no lugar. De qualquer maneira, Zagreus tomou um lugar no Olimpo, através de meu pai.

- Meu pai não tem culpa nenhuma da sua morte... - falei ao coração. Na mesma hora, mãos remendadas tocaram as minhas e aproximaram da gaiola. Olhei pra cima e continuei chorando igual uma princesa - Zagreus... - disse contrito.

- Você passou no teste... - Ele sorriu doce de volta pra mim - Meu coração como antes fora meu, agora é de seu pai, agora é seu... - continuou - Filho de Dionísio geralmente trocam tudo por uma boa aventura sem dantes pensar a respeito, sem pensar no que o coração representa, sem se colocar no lugar do outro, mas você é diferente dos outros, diferente do olimpo e parecido comigo... - O deus sorriu com os olhos e desapareceu.

Olhei para o lado e vi a lancha do garoto de Hermes. Rolei os olhos e o menino não estava lá, foi ai que saquei que, o ladrão era apenas mais um disfarce de Zagreus para me guiar. Os corações também sumiram, dando espaço à magia que me levaria de volta até minha casa, o acampamento.

FIM


objetivos realizados:

conta da perda de MP:

Arsenal:

pedido especial:

© Haymon Derrier para Lotus Graphics
Axl Valentine
Axl Valentine
Filhos de Dionísio
Mensagens :
137

Ir para o topo Ir para baixo

MOP| SURPRISE| AXL VALENTINE Empty Re: MOP| SURPRISE| AXL VALENTINE

Mensagem por Apolo Dom Abr 02, 2017 3:24 am

Avaliação
Atualizado por: Apolo

Ótima interpretação e construção dos fatos. Parabéns pela missão.

♦ 4 Níveis
♦ 400 XP                  
♦ 200 Dracmas
♦ Aceito nos Devotos de Zagreus



ATUALIZADO
Apolo
Apolo
Deuses
Mensagens :
80

Humor :
Radiante

Ir para o topo Ir para baixo

MOP| SURPRISE| AXL VALENTINE Empty Re: MOP| SURPRISE| AXL VALENTINE

Mensagem por Conteúdo patrocinado

Conteúdo patrocinado

Ir para o topo Ir para baixo

Ver o tópico anterior Ver o tópico seguinte Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos