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Mensagem por Panteão Qua Out 19, 2016 3:52 pm



CORRIDA E ATLETISMO
♦ TREINO DE AGILIDADE ♦ 1460140013-9af557e16033fc5c19443f576cccb0d4
Round 1!
Esta parte da arena fica fora da mesma, num pátio ao lado à céu aberto. Há diversas pistas de corrida, além de treinamentos de todos os tipos. Desde salto, corrida com barreira e a famosa pista surpresa instalada pelos filhos de Hefesto para deixar tudo mais interessante. Se não quiser treinar sozinho, você poderá usar um dos instrutores do local para incrementar o treinamento, além de socializar com os mesmos. Aqui você encontrará um garoto brasileiro louco, divertido e gentil. Seu nome é Marcelo. Para saber mais sobre ele, basta entrar na biblioteca, na Área de NPCs.

Cada Treinamento, rende no máximo 100XP, distribuídos da seguinte forma: Narrativa (20XP), Criatividade (20XP), Gramática (20XP) e Habilidade com Arma (20XP). Caso use o NPC, este rende o restante de XP para completar os 100XP.
Bom treinamento.  

ps.: Ganha-se um ponto em agilidade.


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Mensagem por Convidado Seg Dez 19, 2016 11:16 pm


Eu só me meto em furada mesmo, desde quando eu seguia os conselhos das ninfas? "Vai na pista" Elas disseram, sem me contar o inferno que iria ser. Que seja, meu dia estava prestes a piorar. Eu havia chegado muito tranquilo na pista, e fui falar com o instrutor Marcelo. O cara era gente boa, mas meio acelerado para o meu gosto. Para um treinador de corrida, ele era otimista demais.

- Vamos começar com um skippie de 30 segundos para acelerar o coração.
Eu apenas segui o que os outros faziam, era como correr parado ao máximo, batendo rapidamente o pé e acelerando até cansar. Pode parecer fácil, mas o cara repetia e não cansava, eu fiquei sem fôlego.
- Ótimo, agora que aceleramos esse batimento, quem quer correr? Não se esqueçam, quem sair do ritmo do grupo, paga dez flexões. Eu sei que ninguém vai precisar. - Disse ele em tom otimista.
O grupo corria em uma boa velocidade, mas eu entendo o porque o cara era campeão. Aquele cara corria como se tivesse tomando água. Começamos em uma velocidade normal, queríamos apenas guardar energia, fiquei um pouco para trás, não queria me desgastar. Olha, eu não me canso com facilidade, mas correr dez voltas em uma pista de trezentos metros, e o cara nem bebeu água, isso é além do limite de um semideus.
- Marcelo… Água… Parar… Por… Favor. - Disse um semideus filho de Hipnos. - Desmaiar… - E só escutamos o barulho da queda e então surgiu nossa única chance de parar, graças aos deuses os filhos de Hipnos serem sedentários.
- Qual é caras?! Já cansaram... Zeus! Vamos fazer uma pausa!

A pausa durou até Marcelo voltar. Eu me levantei e resolvi falar com ele.
- Marcelo, né? Sem querer soar grosseiro, você não prefere dar aula ao invés de participar?
- O que você quer dizer com isso?!
- Que as pessoas não estão conseguindo aguentar seu treino, não se joga no nível 10 se você está no nível 1.

- Entendi. Vamos fazer assim, se você vencer meu pior recorde na na pista especial, o que vocês fizeram, eu terei q fazer 10x mais. -
Ele sorri com um olhar desafiador e estica a mão.
"Ele é burro ou o que? Eu quero é diminuir e ele quer aumentar? Se bem que… Eu não resisto uma boa briga". Eu sorrio e aperto sua mão.
Ele assobiou e o placar se mostra.
1º - Dos Santos: 15:10:71
2º - Dos Santos: 16:45:39
3º - Dos Santos: 28:13:21
4º - Dos Santos: 32:32:54
5º - Dos Santos: 45:03:95
"Quarenta e cinco segundos, acho que consigo. Não deve ser tão difícil, é só correr afinal." Eu pensei assim até ver a pista surpresa. A pista se abriu e das cinco arraias apenas restaram duas. Elas seguiam por cem metros. Em seguida, havia cinco pilares de mármore de cada lado e cada um ligadas por um trilho de metal que vinculava um pêndulo, onde em sua ponta possuía uma serra elétrica gigante. Em seguida, a lista ficava normal durante uns 500 metros,até aparecer uma parede de escalada saiu do chão. Ela era comum, tirando as pedras que caiam periodicamente de cima, um líquido corrosivo amarelado também - AQUILO ERA LAVA? - e ela vibrava, de uma maneira bem diferente de um celular ou de uma poltrona de massagem. Como aqueles ferreiros faziam isso, se eu não estivesse tão puto de ter que escalar aquilo, eu iria admirar aquela destruição vertical.
Para finalizar, cinco degraus levavam você até um tronco de madeira nada confiável, que possuía piranhas robôs abaixo em um tipo de aquário. E antes da chegada, eu deveria me arrastar por um tipo de lama cercada por arames farpados.
- Que merda é essa?!
- Pista especial. Me inspirei em Hércules da Disney, muito bom não?
Todos começaram a rir, e percebi na roubada que me meti.

- Vamos Sam… Você consegue… - Me motivava sussurrando.
Claro que correr cem metros era moleza, qualquer mortal faria isso. Mas acho que aquilo era apenas para pegar o impulso para o pêndulo da morte. Eu já havia visto aquilo em jogos de videogame, mas como se constrói uma coisa dessas?
“Cada pêndulo demora mais ou menos 10 segundos de um canto a outro, desordenadamente, porém fica 5 segundos antes de atingir o meio da pista.”
Então comecei a correr, contando o ritmo do pêndulo, quando a contagem atingiu 5 segundos eu acelerei ao máximo sabia que demoraria pelo menos 8 segundos para atingir minha velocidade máxima, e com isso eu já havia passado metade das serras. "Seja quem for o Deus dos Corredores de 100 metros, me ajude." As serras já estavam cortando o ar em minha direção quando passei a quarta.
- Você está indo bem, você consegue! - Gritou Marcelo. Sabe quando você vê Tom e Jerry, e o Jerry passa com o cortador de grama nas costas do Tom. Eu me senti assim quando passei a última, fechando os olhos para não ver o estrago.

O que me alertou foi o grito de vitória dos campistas quando o pêndulo passou por mim, mesmo com toda a ambrosia do olimpo, aquilo teria feito um estrago. "Eu tenho que agradecer ele na fogueira depois."
- Abri os olhos se não vai dar de cara com a parede. - Falou Marcelo. - Dica, use essa sua velocidade como impulso. Você tem 25 segundos. Você consegue.
Os 500 metros eram só um preparo para o que estava por vir. Guardei energia até faltarem 100 e a escalada parecer muito maior do que realmente era. Corri em velocidade maxima e saltei para atingir uma altura maior na parede de escalada.
- Oh que p... - Joguei meu corpo para o lado, agarrando umas pedras mais baixas e desviando daquele incômodo de deslizamento de pedras. As pedras não eram grandes o suficiente para me derrubarem, mas com a velocidade em que desciam, fariam um grande estrago caso caíssem em minhas mãos ou rosto. Continuei subindo sem muita dificuldade até que o segundo tremor veio. Me segurar ali seria uma tarefa muito difícil, então flexionei meus joelhos e agarrei com força os apoios que eu segurava.

- Vamos lá Sam, vamos lá! - Respirei fundo antes de continuar subindo, agora chegando até a metade daquela parede enorme. Esperei atentamente pelas pequenas pedras, mas ao invés delas me vi indo de encontro com fileiras de lava que desciam em minha direção. - Ahn, tá de sacanagem né? - Gritei o mais alto que pude, me jogando para o lado e continuando a subir, tentando ao máximo possível não ser atingida.

A calmaria chegou novamente mas não durou muito tempo, a parede parecia querer fazer os meus piores pesadelos acontecerem. As pequenas pedras que caíam se misturaram a um pouco de lava, tornando-as mortais, e o tremor? Bom, digamos que se eu não tivesse sido rápida o bastante para pegar a minha adaga e sem dó nem piedade, crava-la na parede, os campistas teriam uma mortalha para queimar. Me segurei ao objeto como se a minha vida dependesse daquilo, e bem... Ela dependia.

Tirei a adaga com um pouco de dificuldade e tornei a subir, pondo a arma em minha boca enquanto escalava. Ninguém nunca havia dito que eu era inteligente, certo? Pedras comuns voltaram a descer em minha direção, uma delas atingiu a ponta da adaga que ia em direção a minha bochecha, deixando um corte ardido no lugar e me fazendo perder meu único trunfo. - Isso é uma pegadinha, só pode. - Reclamei aos berros, continuando a subir enquanto a lava descia em minha direção. Parecia que quanto mais alto eu chegava, mais quantidade se acumulava no topo, tive uma dificuldade imensa para desviar da fileira e me senti em uma arena dos jogos vorazes, quem havia sido o louco que inventou aquilo?

Quando atinge o topo, olhei do topo para o tempo. 40 segundos. Merda! No topo da escalada uma corda segurava a parede. "Ora de bancar o Tarzan." Enlacei meu braço com a corda, cortei-a com a adaga e saltei. A corda apertou o meu braço durante o caminho, mais a sensação de liberdade e do vento batendo em meu rosto durante alguns segundos, me fizeram me sentir livre e esquecer tudo. Conforme a distância ia diminuindo, vi o tronco passar por mim e larguei a corda.

Apenas senti o impacto do chão em minhas costas e sai girando tentando diminuir o impacto, já sem ar.
- Isso foi demais! Caralho! Que foda! - Disse Marcelo. Eu apenas conseguia gemer de dor. - Vai valer a pena correr depois do que você fez.
Reuni forças e sorri.
- Dez vezes.
E com isso, meus colegas me levaram para um canto para descansar.

Avaliação
Atualizado por: Hipnos

Bom texto, bem construído, não tenho do que reclamar.

♦ NARRATIVA 18/20
♦ CRIATIVIDADE 20/20
♦ GRAMÁTICA 18/20
♦ HABILIDADE 20/20
♦ NPC 94/20
                       
TOTAL 00/100  
Convidado
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Convidado

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Mensagem por Feyre Yakov Ter Dez 20, 2016 2:21 am


sunflowers
Já fazia uns dias que eu e minha irmã gêmea, Navi, havíamos sido reclamadas, duas filhas de Perséfone, chamamos atenção pela nossa beleza etérea, ruivas de olhos verdes e de pele branca como leite, duas beldades que poderiam rivalizar até com as filhas de Afrodite. Andava lentamente entre os chalés, vestindo uma calça justa de cor escura e uma blusa apertada mostrando todas as curvas em meu corpo. O local para o qual eu estava indo, era para a arena, queria me tornar forte e poderosa e desse modo proteger a Navi.

Alguns campistas estavam no local, treinando em uma grande pista de corrida. Olhei ao redor e me aproximei de um garoto com uma grande sorriso bonito. - Olá bela dama. O que a trás aqui? - Soltei um risinho, o garoto era gentil. Olhei ao redor e voltei minha atenção para o jovem a minha frente. - Vim treinar. - Falei mordendo o lábio inferior, os olhos do garoto pareceram brilhar quando eu disse treinar, acho que pelo visto ele devia me achar uma filha de Afrodite, coitado, se ele soubesse que minha beleza era somente uma das minhas armas em meu arsenal não falaria isso. - Obstáculos na corrida. Parece interessante. - Falei olhando para ele, colocando as mãos para trás, balançando a cabeça graciosamente. - Claro, vamos. Eu mesmo irei avaliar seu treinamento. Mas primeiro se exercite, estique os ossos, para não ficar morrendo no final da corrida. - Falou dando uma gargalhada, como um doido, revirei os olhos.

Fui para a área circular depois de me exercitar, dei uns pulinhos para ver se o tênis era realmente confortável, amarrei meu cabelo em uma espécie de rabo de cavalo, dando uma enrolada nele na ponta. Sorri para o garoto ao meu lado, que também se preparava para correr. - Vamos correr juntos bela dama. Quero realmente olhar você de perto. - Soltei um risada elétrica, o garoto parecia encantado comigo ou fazia isso com todas as garotas que iam lá treinar, apenas balancei a cabeça e me posicionei. - Três voltas completas na pista de 200 metros, com obstáculos pelo caminho. Treinara também seu reflexo com isso. - Ele agora estava sério e se posicionou, e quando o tiro ecoou no ar, partimos ao mesmo tempo. Sentia o vento assobiar em meus ouvidos, minha respiração um pouco irregular e meus sentidos em alerta, aquilo era fantástico, quando corri 100 metros um obstáculo apareceu do nada, duas barreiras se projetaram, fazendo com que eu desse um salto seguido por outro, sentindo o impacto depois de passar pela segunda barreira. Minhas pernas pareciam bambas, mas aguentei, já estava na segunda volta, quando mais a frente o chão parecia borbulha, e eu não poderia parar, e com um impulso em cima da hora, dei um salto por cima desse obstáculo borbulhante, caindo em pé e soltando um pequeno grito de dor. O garoto ao meu lado apenas deu um sorriso e continuou a correr. Segui mais atrás, fazendo a terceira e última volta, quando dois dardos do nada vierem em minha direção. - Desvie bela dama, se te acertarem ficará no hospital por pelo menos dois dias. - O garoto se desviou dos dele com facilidade, quando o primeiro chegou mais perto abaixei-me sentindo o dardo passar em cima da minha cabeça, e o segundo já se projetava na direção das pernas, fazendo com que eu desse outro salto rapidamente, e indo de cara no chão, engolindo um pouco de areia, quando me dei conta percebi que já havia passado da linha final. Levantei-me com tudo, mas logo senti minhas pernas bambearem e logo voltei ao chão me sentando, sentindo o filete do suor escorrer em minha costas. Logo uma sombra se projetou em meu campo de visão. - Você foi boa bela dama. Imaginava que fosse cair logo de cara no chão na primeira volta. - E com isso ele se foi soltando uma gargalhada e outra até que seu som sumiu, continuei sentada, esperando minhas forças voltarem, ao me virar, vi um litro ao meu lado, pegando-o e bebendo com vontade. O treino até que foi adequado.  


Avaliação
Atualizado por: Hipnos

Texto sem muita enrolação. Gostei. Só fiquei com um pé atrás quanto ao NPC.

♦ NARRATIVA 15/20
♦ CRIATIVIDADE 10/20
♦ GRAMÁTICA 1720
♦ HABILIDADE 17/20
♦ NPC 10/20
                       
TOTAL 69/100  
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Mensagem por Luiz Hayabusa Qua Mar 01, 2017 8:24 am


Treino de Agilidade
Star up my



Eu estava naqueles dias que eu realmente não conseguia ficar quieto por causa de minha hiperatividade, então vou gastar essa energia em algo produtiva, vou treinar por que não? Então eu fui para a pista de corrida, havia alguns campistas por la, treinando, e alguns sentados no chão prestando atenção em um cara, me aproximando, me lembrei do garoto, um dos únicos brasileiros do acampamento, assim como eu, já havia simpatizado com ele um pouco, o cara bacana, assim que eu me aproximei, o instrutor pediu para os campistas fazerem  um aquecimento, assim me aproximei dele e logo o perguntei:
- Opa, ééh.. Marcelo certo? – Olhei-o sorrindo.
- Eu Mesmo, veio competir comigo? – disse ele brincando – Ou veio apenas fazer uma aula?
- Competir com tu? Não obrigado.. Vou tomar uma surra se for pra competir com tu, só vim aprender com o melhor mesmo.
Apesar da brincadeira, eu já estava sentido que eu ia me cansar muito nesse treino...
- Okay então, vamos começar com alongamentos, para ninguém se machucar, ou algo do tipo.
- Galera, Eu quero que vocês segurem uma mão, em uma perna, e fiquem em pé com uma perna, por 20 segundos cada perna..
Após fazermos o exercício ele foi com outro:
- Eu quero que tente alcançar a mão até o pé, sem flexionar o joelho, por 5 segundos cada perna.., não precisa encostar no pé, pode ir no máximo que conseguirem..
E Assim foram indo os alongamentos, após alongarmos, nos realmente começamos
- Então povo vamos começar uma caminhada para, dar um impulso na hora de correr umas 10 voltas está bom..
Olhando o Marcelo eu percebi que ele era um pouco doido, pois a pista era muito grande, umas 10 voltas ia nos cansar muito.. Mas okay, vamos ver no que dá.
Dando a decima volta, ao lado de minha barriga começou a doer.. assim como percebi que outros campistas já haviam cansados, com o mesmo sintoma que o mas logo alguns campistas pararam, descansando, após completar a volta, se sentei, pegando uma garrafinha de agua que havia deixado ao lado do banco, bebendo um pouco da agua que tinha, logo olhei o Marcelo:
- Bom.. Agora por que nos não corremos? E depois fazemos uma pequena competição pra ver quem está melhor aqui.
Ele nos separou em dois grupos, um grupo da frente, e o grupo da traz, logo começaram a correr.. Correr..   Correr de mais, uns garotos começaram a cansar, mas cansar muito, e ele olhou-nos como se nos tivéssemos fazendo um teatro de drama, só que no caso era drama para corrida.
Ele estava correndo como se fosse uma maquina de corrida, nunca cansava, nunca vi uma coisas dessas, como se fosse aqueles desenhos animados, só que no caso ele tinha o poder de protagonista para ser tão bom assim.
Depois de algum tempo, com a maioria ter desistido, e cansado,  eu quase desisti, mas até que ele falou para parar de correr, então uns dois ou três q sobraram em pé, parou, e eu automaticamente, me joguei no chão descansando, ele deu uns 15 minutos para descansarmos, e com um tom otimismo, ele apenas disse:
- 200 m rasos com barreiras.
Eu arregalei os olhos.
- Santo Zeus, como tu consegue correr tanto assim?
Ele me olhou, e sorriu.
- Apenas ir treinando e treinando.
- Vamos la então – Digo para mim mesmo se levantando, e indo para a linha de corrida, assim se posicionando ao lado de outros semideuses
- Todos Prontos?
Logo ele puxou uma pistola, aquelas pistola para sinalizar que a corrida havia começado, colocou uma mão no ouvido, aponto a pistola para cima, até que atirou.
Se colocando em postura certa de corrida, disparou no começo, saindo na frente de muitos, mas não de todos, começando a correr, passei alguns filhos de ares, não sei como, mas passei, continuando a correr, estava começando a alcançar o filho de hermes em minha frente, mas percebi que era apenas uma ilusão, o garoto começou a disparar na minha frente, até me assustei um pouco, mas continuei correndo que, achando que era Usain Bolt da vida, usei mais energia para alcançar o filho de hermes, mas não deu muito certo, ao lado da minha barriga começou a doer, mas vi que já estava quase no final, então terminei de usar tudo que é energia minha, logo chegando ao final, e conseguindo ficar em quinto lugar, logo o Marcelo chegou rindo:
- Que isso Galera, seis corre que nem lesma?.. To zuando, seis correm bastante.. – Ele Olhou para mim e para o povo.
Assim com isso a aula acabou, peguei uma a garrafa de agua, terminando de beber oque tinha na garrafa de agua, logo peguei as minhas coisas e fui para o chalé, descançar um pouco.
“Gastei Energia até de mais" Penso eu.







CODED by: IG & SUGARAVATARS



AVALIAÇÃO


63XP de 100XP


NARRATIVA 10/20
CRIATIVIDADE 10/20
GRAMÁTICA 15/20
HABILIDADE 11/20
NPC 17/20


O treino foi e nível mediano, filho de Íris, gostei de como descreveu o NPC e isso vai te ajudar a ganhar uns pontinhos. Sua ideias são interessantes, mas recomendo que as organize de uma forma melhor, pareceu tudo muito corrido.
Sugiro também que descreva melhor seus movimentos, você deixou um pouco vago essa parte.
Até a próxima.

Atualizado pelo tio Zeus.
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Mensagem por Heloise Vox Wittemore Sex Jun 23, 2017 2:10 am


Le Parkour


Part. I Conhecendo Limites


Marcelo era uma pessoa incrível na concepção de Heloise, além de saber lidar com qualquer tipo de arma, ele, desde bem novo era ginásta e, nas horas vagas, vez ou outra praticava Le Parkour, atividade que, com o passar dos anos, a semideusa passara a admirar. Todavia, ela nunca tinha tido coragem para aprender, ao menos, até agora.

— Você tem certeza de que quer aprender a fazer Parkour? — O filho de Nike questionou pela enésima vez naquele curto período de tempo. O olhar era de clara descrença, afinal, Heloise não fazia o tipo atlética, apesar de pegar pesado nas forjas. Era magrela e, por vezes, desengoçada.

— Sério, eu vou ter que fazer o quê pra te provar que estou preparada? — a loira questionou, já perdendo a pouca paciência que possuía. O instrutor estreitou os olhos e crispou os lábios ante a agitação da ferreira e ergueu ambas as mãos na frente do corpo como se dissesse “calma”.

— Já entendi, madame. Vou te levar a sério... — decretou por fim. — Porém... com esse seu físico eu não lhe diria para começar de cara com o Parkour. — ele confessou, desviando o olhar, claramente tirando sarro da outra.

— O que você está insinuando com isso? — a pitada de irritação era mais do que palpável naquela pequena frase. Mais uma vez, Marcelo não viu outra saída senão recuar e reformular o que havia afirmado sem querer.

— Bom — ele suspirou, Heloise parecia fazer o tipo explosiva. — É que... convenhamos, você tem estado um pouco... sedentária. Entende? Antes de começarmos o verdadeiro “Parkour”, devemos fazer alguns exercícios.

— Que tipo de exercícios? — Heloise questionou, ignorando totalmente a frase anterior. Ela sabia que seria perda de tempo retrucar, afinal, ele tinha razão. Mas ela nunca daria o braço a torcer.

(...)

— Vamos lá, Helo! Você consegue! — Marcelo a incentivava. Estavam a quase trinta minutos numa sessão pesada de exercícios aeróbicos, aquele era o último movimento da inúmera lista de exercícios que a ferreira teria que repetir todos os dias antes de treinar “Le Parkour”. Tais exercícios eram essenciais na vida do praticando de Parkour, visto que, durante a prática do exercício, é comum correr, saltar e rolar bastante, portanto, se fazia necessário manter o corpo e os pulmões em forma, ao menos era essa a explicação de Marcelo para justificar toda aquela tortura.

A Wittemore fez a última sessão de pulos com corda e então se sentou, o treinador se aproximou da loira estendendo uma garrafinha d’água que levou questão de segundos para ficar vazia. A respiração se encontrava entrecortada, o suor escorria por toda a face e corpo da semideusa, mesmo assim parecia que estava pronta para uma nova rodada de exercícios. Talvez ela não estivesse tão sedentária assim..., o pensamento se fez presente na mente do rapaz.

— Tem certeza de que quer continuar? — o filho da deusa da vitória questionou, unia as sobrancelhas com descrença, afinal, ele esperava que Heloise desistisse na primeira sessão de agachamentos. — Certo, já entendi...

(...)

— Muito bem, Heloise. Eu vou te orientar pelo básico do básico. E não me olha assim porque se a gente se apressar, você pode acabar quebrando uma braço ou uma perna, está me entendendo? — a prole de Nike questionou, o tom de sua voz era o mais sério que Heloise alguma vez na vida tinha ouvido. Com um movimento afirmativo de cabeça ela confirmou que entendia a situação e, graças a isso, o rapaz sentiu que poderia dar continuidade à lição. — Muito bem, primeiramente, essa lição vai consistir em conhecer os limites do seu corpo, tudo bem?

Mais uma vez o movimento afirmativo foi realizado pela cabeça da loira.

— Ouça bem minhas instruções, para conhecer seus limites, você tem que se testar, okay? Eu vou definir o nível da dificuldade e, a medida que você for superando o desafio, a gente vai aumentando o nível de dificuldade. Está acompanhando o raciocínio ou ainda está tentando recuperar o fôlego, baixinha? — ele questionou, recebendo um fuzilar de olhos da outra, era sinal de que ela já estava mais disposta.

— Pois bem, — Marcelo continuou sua fala. — O primeiro obstáculo se encontra há cinco metros. Você tem que correr, para pegar impulso. Ao se aproximar mais, notará um pequeno muro de dois metros de altura, você tem que pular o muro sem ter que parar para isso. Está entendendo, Laska? — a semideusa confirmou novamente, se posicionou e aguardou...

— Quando você quiser... — Marcelo alfinetou, recebendo mais um olhar de censura da prole de Hefesto.

Heloise pôs-se, então, a correr. Começou com uma corrida lenta e ritmada que foi acelerando à medida que se aproximava do muro. Ao se encontrar há uma distância, aproximada, de quatro metros e meio, ela se agachou momentaneamente, e impulsionou o pés na direção do muro, agarrando o topo com ambas as mãos. Em seguida, ergueu o pé esquerdo para que pudesse se empurrar para cima – fazendo uso da parede lateral do muro - ao mesmo tempo que, com o auxílio dos braços, fez força no topo da parede para se puxar para cima. O movimento foi natural e fluído, Heloise agia como um gato que alterna as patas para escalar algo.

Após alguns segundos, graças ao seu trabalho braçal nas forjas, ela conseguiu ter força o suficiente para subir o muro e agora se encontrava em pé sobre a superfície de quinze centímetros de largura e dez metros de comprimento.

—  HÁ! — ela gritou, tanto para ser ouvida quanto para expressar a alegria que sentia em ter conseguido ultrapassar o primeiro obstáculo. — EU CONSEGUI! — A semideusa faltava pular para expressa a emoção que sentia borbulhar dentro de si. Todavia tinha total consciência de que não poderia, muito menos deveria, fazer isso. Foi então que se tocou, como que descia?

Foi então que Heloise perdeu o equilíbrio, escorregando do muro. No intervalo de tempo de sua queda, as habilidades de sua ascendência divina entraram em ação e, graças ao deficit de atenção, tudo ao redor dela começou a desacelerar. De repente, nem parecia que ela caia, flutuava. Com sua mente sagaz, Heloise soube o que fazer, num movimento rápido e fluído dobrou a cabeça e as mãos, relaxou o corpo, fez um arco com os próprios braços e inclinou a parte superior do corpo (ombros) para frente, formando um círculo em torno da própria cabeça.

Graças ao movimento rotacionário ocasionado pela posição, a semideusa conseguiu girar o corpo em torno do próprio centro, fazendo com que rolasse pelo chão, amortecendo a própria queda.

Marcelo aplaudiu, parabenizando-a.

— Belo uso do rolamento de ombro.

— Rolamento de que? —
ela questionou confusa, afinal, tudo que havia feito era proveniente de seus poucos reflexos divinos.

— Esquece. — ele riu. — Venha mais vezes que a treinarei, tens futuro no Parkou e seria uma atividade de grande ajuda para fugas.

Heloise deu de ombros como se não soubesse o que falar. E, realmente, não sabia. Para uma pessoa que estava tão contrariada em treina-la, Marcelo havia mudado de ideia bem rápido. Ela sorriu e se despediu, estava cansada de tantos exercícios. Na realidade, ela não queria mais saber de se exercitar nos próximos dez dias, Marcelo havia acabado com a energia dela.


Notas:


Modalidade:


INTERAGINDO COM Marcelo| HUMOR Razoável | NOTAS DO AUTOR --   



Avaliação
Atualizado por: Hipnos
Gostei do seu desenvolvimento do NPC e curti seu texto. Só acho que vc introduziu demais e treinou de menos. Mas a gramática é boa, sua criatividade em fazer algo novo foi excepcional... tá de parabéns.

♦️ NARRATIVA 10/20
♦️ CRIATIVIDADE 20/20
♦️ GRAMÁTICA 17/20
♦️ HABILIDADE 10/20
♦️ NPC 15/20
                       
TOTAL 72/100  
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Mensagem por Richard Blake Ter Jul 18, 2017 8:24 pm

ΔPHRΘDITΞ'S SON
Era primeiro treino de Richard no acampamento e o rapaz decidiu começar por onde teria mais facilidade. Viu um percurso de obstáculos e depois praticar futebol durante a sua vida pensou que corrida seria o treino onde se adaptaria melhor.
Depois de alguns problemas a encontrar a parte da arena onde podia treinar e algumas indicações falsas dos filhos de Hermes Richard finalmente chegou ao seu destino.
Começou por aquecer, alongar os seus músculos e por dar algumas voltas às pistas de corrida simples que estavam espalhadas pela arena.
Já lhe tinham dito que ali podia encontrar um instrutor que o ajudaria no seu treino. Pediu ao primeiro semi deus que viu que lhe dissesse onde encontrar Marcelo dos Santos, este era o nome que lhe disseram para procurar quando chegasse às pistas, e o jovem apontou para um rapaz que aparentava ser pouco mais velho que ele.
-És o instrutor?- Rich falou ao chegar perto de Marcelo.
Sou sim. O que precisas? - a cria de Nike perguntou gentilmente.
-É o meu primeiro treino aqui e apesar de jogar futebol na equipa da universidade acho que posso precisar de algumas indicações para treinar, se não estiveres ocupado claro.- o rapaz não estava habituado a pedir ajuda mas sabia que devia fazê-lo pois não sabia o que era esperado do treino de um semideus.
-Reparei que já aqueceste por isso podemos passar logo para o treino a sério. Estás a ver a pista de 100 metros. Quero que vás e voltes 4 vezes, cada vez tem de demorar menos de 15 segundos, são 800 metros, o que equivale a duas voltas a uma pista de atletismo normal. Vou cronometrar e espero que consigas fazer as os 8 percursos em menos de 1 minuto e 50 segundos.
Richard avaliou o que lhe foi pedido e depois de dois ou três segundos aceitou. Sabia que tinha de ser esperto e saber gerir a sua velocidade para poder acelarar nas voltas finais sem ficar exausto logo nas iniciais. Posicionou-se no inicio do percurso e quando Marcelo deu o sinal Richard começou, ainda contou o tempo nas primeiras duas voltas e ao final da sexta o rapaz já estava a sentir os seus pulmões falharem. Apesar de estar em forma e ter alguma resistência por praticar desporto, não estava habituado a correr tão rápido durante tanto tempo.
"Um último esforço." - o filho da deusa do amor pensou e com este pensamento acabou as duas últimas voltas.
Caminhou até ao outro semideus e quando chegou ao pé dele debruçou-se ofegante equanto tentava controlar a sua respiração, depois sentou-se no chão apoiado nos seus braços e olhou para Marcelo.
- Como foi?- disse baixo, ainda cansado demais para falar.
Marcelo mostrou-lhe para o cronometro e o rapaz vi os resultados.
1:00:14:67
2:00:13:89
3:00:13:67
4:00:13:78
5:00:14:89
6:00:15:34
7:00:15:57
8:00:14:94
-Tu começaste bem mas depois começaste a acelerar e foi isso que te atrapalhou, nota-se que és atleta mas que não estás habituado a velocidade, falhaste duas vezes os 15 segundos e passas o 1 o minuto e 50 que te tinha pedido por 6 segundos por isso agora quero 20 flexões e por cada uma das voltas que falhaste e 10 elevações na barra por cada segundo que falhaste no tempo final, ou seja 40 flexões e 60 elevações, isto para além de te ajudar a ganhar força também aumentas resistência. Depois disso feito vem ter comigo.
No tempo que estiveram a falar Richard conseguiu recuperar o fôlego e o  "castigo" que Marcelo lhe dera era um pouco puxado para o seu primeiro treino mas conseguia fazê-lo. Aqueles 5 minutos desde que chegara já estavam a ser muito mais cansativos que maior parte dos jogos da liga universitária. Depois de fazer o que lhe fora pedido voltou a aproximar-se do rapaz.
- E agora?
- Agora corremos os dois cem metros e só paramos quando fores mais rápido que eu ou estiveres no chão sem conseguires respirar. - o instrutor disse com um sorriso.
Richard ficou assustado com o que o Marcelo disse mas mesmo assim tentou. Em nenhuma das voltas conseguiu ser mais rápido, nas primeiras chegava 4 ou 5 minutos depois da cria de Nike, nas finais já não conseguia só chegava depois de 10 até que teve de parar, já não conseguia mais. Marcelo aproximou-se do rapaz mas manteve alguma distância, depois de anos a treinar semideuses conseguia prever o que ia acontecer a seguir.
Richard ainda tentou falar mas assim que abriu a boca começou a vomitar. Quando esvaziou o conteúdo do seu estomâgo deitou-se no chão. Achava que não se conseguia levar mais dali.
-Para primeiro treino até te safaste bem, normalmente vomitam de exaustão mais cedo. Vai para o teu chalé e descansa, os nossos treinos a partir de agora acabam sempre com esta corrida, até conseguires chegar pelo menos ao mesmo tempo que eu.- Marcelo disse-lhe e estendeu-lhe uma toalha.
Era o primeiro treino de Richard no acampamento mas agora tinha noção que o seu treino ia ser árduo, e se estava assim numa actividade que até estava habituado como é que iam correr os treinos nas áreas que nunca tinha experientado?!
Thank's Lyra' @CUPCAKEGRAPHICS


Avaliação
Atualizado por: Hipnos
Seu treino é muito técnico.

♦ NARRATIVA 8/20
♦ CRIATIVIDADE 10/20
♦ GRAMÁTICA 17/20
♦ HABILIDADE 5/20
♦ NPC 10/20
                       
TOTAL 50/100  
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Mensagem por Aaren Young Dom Ago 20, 2017 5:46 am

Run, boy, run!

Existe um, e apenas um segredo para a vitória. Não deixe que te enganem falando que é “coragem”, “habilidade”, “uma espada maior”... Não, nada disso. O segredo é ser rápido. Pensar rápido, agir rápido. Isso é o que tem salvado minha pele por todos esses anos. Talvez por isso eu tenha me sentido atraída pela pista de corrida, ou talvez fosse coisa de papai. Ele não era deus dos atletas ou algo assim? De qualquer jeito, quando vi o enorme pátio a céu aberto soube que precisava dar uma checada.

– Olá, belezura... – murmurei com um sorriso largo no rosto. E nem estava falando do gato que puxava um alongamento ali perto, o lugar por si só já era o suficiente para me tirar o fôlego. Tinha pista de obstáculos, barreiras, tiro de cem metros, salto com vara, salto sem vara e até uma parede de escalada. Eu não sabia por onde começar.

Ajeitei o gorro em minha cabeça e fui até o moreno. Juntando o útil com o agradável, fiz minha melhor cara de novata perdida e perguntei:

– Ei, tudo bem eu treinar com você?

Ele não parou o alongamento para me responder – ficou lá com o corpo dobrado enquanto abria um sorriso caloroso e me olhava nos olhos. Confesso que perdi um pouco a concentração.

– Claro! É sua primeira vez aqui, não é? Eu sou o Marcelo.

Levantei uma sobrancelha.

– Está tão na cara assim? Vou ter que malhar essas pernas.

Ele riu e balançou a cabeça, saindo daquela posição contorcida.

– Na verdade eu sou o instrutor. Conheço todo o mundo que vem treinar aqui.

– Duplamente útil. – Pensei meio alto demais.

– O quê?

Ops.

– Ahn... A pista.  A pista de barreiras é duplamente útil porque você pode correr. E pular. Correr e pular.

Deuses, que desastre. O rapaz enrugou a testa, o que de algum jeito só realçou seus traços bonitos. Orei para quem quer que fosse a divindade do tato e tentei remendar aquilo.

– Eu queria treinar nela. Você pode me instruir, senhor instrutor?

Dei um sorriso de lado e cruzei os braços. Sua expressão relaxou.

– Ah, com certeza! Mas primeiro vamos aquecer esse corpinho.

A deusa do tato deve ter ouvido minhas preces, porque antes que eu pudesse falar alguma besteira ele continuou:

– A gente não quer ter problemas com os tendões, não é mesmo? Eu tenho um percurso pronto para isso.

O sorriso dele foi meio... Macabro ou era impressão minha?

– Um percurso de aquecimento ou de arrancar tendões?

– Dos dois, na verdade. Mas você ainda não está pronta para ele. Por enquanto é só o de aquecimento.

Comecei a rir. Parei quando vi que ele estava sério.

– Ah, certo. Não é uma piada.

Lindo, simpático... Tinha de ter um podre escondido. Eu só preferia que não fosse um amor por pistas macabras. Não quando eu iria correr naquelas pistas.

Os exercícios começaram simples – duas marchas de cinquenta metros, eu nem senti minha respiração alterar. Então as coisas foram gradualmente aumentando... As marchas viraram corridas, que viraram percursos saltitando como uma garotinha. E então eu saltava para um lado, e então eu saltava para o outro, e quando eu finalmente parava era para fazer tesouras laterais e skippings. Não sei quanto tempo fiquei ali. Segundo o instrutor, pouco mais que meia hora. Segundo minhas pernas, meio ano. Então ele abriu aquele sorriso mais maravilhoso do mundo e disse:

– Vamos lá, mantém essa energia! Agora vamos para o percurso de verdade.

Soltei um riso nervoso.

– E esse foi o quê? O percurso de mentira?

Dessa vez, pelo menos, ele riu de volta. Eu ficaria realmente preocupada se o cara dissesse que sim. Trotamos para a pista de barreiras e ele perguntou se eu já tinha feito aquilo antes.

– Eu já pulei a roleta do metrô, isso conta?

– Você estava correndo?

– Ah, eu corri. Você sabe como seguranças são com essa coisa de não pagar. Detestam. – Balancei a cabeça como se contasse um fato absurdo. – Mas numa pista? Nunca.

– Tudo bem, olha só.

Ele acelerou em direção à primeira barreira. Quando estava quase chegando nela, deu um passo menor e voou. Não literalmente, mas pareceu voar. Eu prestei tanta atenção no movimento quanto na musculatura bem definida daqueles glúteos. E ei, isso é bastante coisa. Senti confiança de que conseguiria fazer igual. Assim que o instrutor pousou eu comecei a correr, meu pé mal parando no solo, e repeti o mesmo truque do passo pequeno antes de alçar voo. Empurrei o chão com todas as minhas forças e senti uma enorme liberdade me invadir – era natural, certo, o que eu estava fazendo. Desejei que o solo nunca chegasse.

Infelizmente ele chegou. Tanto para mim quanto para a pobre barreira em que meu pé se enganchou. Marcelo estava logo à frente com um sorriso animado demais para o meu gosto. Como se não esperasse que eu conseguisse tanto de primeira, e agora planejasse mil e uma maneiras de dificultar o trajeto. Eu soube naquele momento que estava ferrada.

– Fantástico! Só se esqueceu de esticar o pé. Tem certeza de que é sua primeira vez?

– Eu pratiquei muito no metrô.

Ergui as sobrancelhas. Era uma mentira, é claro. Na verdade eu não sabia muito bem como tinha feito aquilo.

– Então vamos praticar mais. Cinquenta voltas no circuito! Energia!

Cinquenta?

– Realmente, cinquenta é pouco. Sessenta. A última com as serras ligadas!

Era hora de dar o fora, eu sabia disso. Devia inventar alguma desculpa e disparar para longe daquele gato sádico. Mas antes que eu pudesse abrir a boca ele começou a correr. Oh, droga. Acelerei atrás dele.

A primeira dúzia de barreiras caiu igual à do começo. Ou pior. Do mesmo jeito que eu não sabia como fiz aquele salto quase perfeito, também não sabia como o repetir. Marcelo pareceu decepcionado, mas disse ter a solução ideal. Eu devia ter desconfiado.

– Vamos lá, não vamos perder o ritmo. Para o começo da pista! – Ele bradou. – Eu já tive casos assim, é tudo uma questão de incentivo.

E com um flash de dentes o rapaz tirou um controle do bolso. Era uma coisa feia e cinza com um botão no meio. Engoli a seco.

– Preparar...

Ele apertou o botão. Uma fenda se abriu na pista, e logo atrás de mim surgiu uma roda metálica toda serrilhada. Paredes se ergueram, impedindo qualquer chance de fuga.

– Não podemos conversar sobre isso? – pedi com a voz chorosa.

– Apontar...

A serra começou a girar. Que jeito de dizer não.

– VAI!

Alguém deveria ensinar a esse cara que “incentivo” e “ameaça de morte” não são a mesma coisa. Mas não eu, não agora. No momento tudo em que pensava era em como sair inteira dali. O primeiro obstáculo se aproximava quase tão rápido quanto o som da serra no meu encalço. Fechei os olhos com força e pulei, sentindo meu joelho bater na segunda tábua da barreira. Ouvi Marcelo gritar algo sobre não ter medo. Fácil para ele falar. Sentia os dentes da serra queimando minha bunda.

Acho que a sensação de morte eminente despertou algo em meu interior – eu pulei no momento exato para ultrapassar a segunda barreira. Aproveitei o espaço entre aquela e a próxima para ganhar um pouquinho de distância entre meu traseiro e os dentes metálicos.

Tudo seguiu naquele ritmo até metade da pista: ora eu derrubava uma barreira e quase morria, ora o medo de morrer ativava meus instintos. Aprendi a não perder tanta velocidade quando errava, e até consegui manter um espaço considerável entre eu e a serra. Isso antes daquela última barreira.

Eu estava numa sequência de cinco acertos. Realmente achei que tinha pegado o jeito. Corri confiantemente para o obstáculo e saltei. Uma sensação de liberdade, poder, tomou meu corpo. Nem senti quando o inferno se armou e meu pé ficou preso na placa, só percebi que perdi o equilíbrio e caí de joelhos. O zumbido apavorante da serra se aproximou. Não dava tempo de me levantar.

Pensa rápido, Aaren, você não quer passar no fatiador de presunto gigante.

O corredor. Precisava ser largo o suficiente para as barreiras, não precisava? Talvez eu coubesse no vão entre o muro e a serra. Colei meu corpo contra a parede, fechando os olhos com força e torcendo para meu palpite estar certo.

Senti um frio na barriga quando a lâmina passou. Foi por pouco. Tão pouco que a parte de trás das minhas calças não escapou ilesa. Meu coração parecia querer pular do peito. Olhei para frente e vi que aquela máquina de morte ainda seguia seu percurso, destruindo todas as barreiras no caminho. Ora, ora, Tique estava do meu lado hoje. Mas não do de Marcelo. O rapaz ficou arrasado por não ter como continuar o treino. Até tentou me convencer a usar a pista de cem metros rasos! Mas dessa vez eu não hesitei: fugi dali numa velocidade que deixaria meu instrutor orgulhoso.


(ross)


Avaliação
Atualizado por: Hipnos
Gostei do treino, da forma como você escreve e da sequencia de fatos que são transcritos. Só acho muito longo para ganhar apenas 100 XP no máximo. Gostei de como interpretou o NPC e eu diria que sua personagem ficou apaixonadinha por ele LOL.

♦ NARRATIVA 10/20
♦ CRIATIVIDADE 20/20
♦ GRAMÁTICA 20/20
♦ HABILIDADE 20/20
♦ NPC 17/20
                       
TOTAL 87/100  
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Mensagem por Sam J. Parker Sáb Ago 26, 2017 8:20 pm


Eu só me meto em furada mesmo, desde quando eu seguia os conselhos das ninfas? "Vai na pista" Elas disseram, sem me contar o inferno que iria ser. Que seja, meu dia estava prestes a piorar. Eu havia chegado muito tranquilo na pista, e fui falar com o instrutor Marcelo. O cara era gente boa, mas meio acelerado para o meu gosto. Para um treinador de corrida, ele era otimista demais.

- Vamos começar com um skippie de 30 segundos para acelerar o coração.
Eu apenas segui o que os outros faziam, era como correr parado ao máximo, batendo rapidamente o pé e acelerando até cansar. Pode parecer fácil, mas o cara repetia e não cansava, eu fiquei sem fôlego.
- Ótimo, agora que aceleramos esse batimento, quem quer correr? Não se esqueçam, quem sair do ritmo do grupo, paga dez flexões. Eu sei que ninguém vai precisar. - Disse ele em tom otimista.
O grupo corria em uma boa velocidade, mas eu entendo o porque o cara era campeão. Aquele cara corria como se tivesse tomando água. Começamos em uma velocidade normal, queríamos apenas guardar energia, fiquei um pouco para trás, não queria me desgastar. Olha, eu não me canso com facilidade, mas correr dez voltas em uma pista de trezentos metros, e o cara nem bebeu água, isso é além do limite de um semideus.
- Marcelo… Água… Parar… Por… Favor. - Disse um semideus filho de Hipnos. - Desmaiar… - E só escutamos o barulho da queda e então surgiu nossa única chance de parar, graças aos deuses os filhos de Hipnos serem sedentários.
- Qual é caras?! Já cansaram... Zeus! Vamos fazer uma pausa!

A pausa durou até Marcelo voltar. Eu me levantei e resolvi falar com ele.
- Marcelo, né? Sem querer soar grosseiro, você não prefere dar aula ao invés de participar?
- O que você quer dizer com isso?!
- Que as pessoas não estão conseguindo aguentar seu treino, não se joga no nível 10 se você está no nível 1.

- Entendi. Vamos fazer assim, se você vencer meu pior recorde na na pista especial, o que vocês fizeram, eu terei q fazer 10x mais. -
Ele sorri com um olhar desafiador e estica a mão.
"Ele é burro ou o que? Eu quero é diminuir e ele quer aumentar? Se bem que… Eu não resisto uma boa briga". Eu sorrio e aperto sua mão.
Ele assobiou e o placar se mostra.
1º - Dos Santos: 15:10:71
2º - Dos Santos: 16:45:39
3º - Dos Santos: 28:13:21
4º - Dos Santos: 32:32:54
5º - Dos Santos: 45:03:95
"Quarenta e cinco segundos, acho que consigo. Não deve ser tão difícil, é só correr afinal." Eu pensei assim até ver a pista surpresa. A pista se abriu e das cinco arraias apenas restaram duas. Elas seguiam por cem metros. Em seguida, havia cinco pilares de mármore de cada lado e cada um ligadas por um trilho de metal que vinculava um pêndulo, onde em sua ponta possuía uma serra elétrica gigante. Em seguida, a lista ficava normal durante uns 500 metros,até aparecer uma parede de escalada saiu do chão. Ela era comum, tirando as pedras que caiam periodicamente de cima, um líquido corrosivo amarelado também - AQUILO ERA LAVA? - e ela vibrava, de uma maneira bem diferente de um celular ou de uma poltrona de massagem. Como aqueles ferreiros faziam isso, se eu não estivesse tão puto de ter que escalar aquilo, eu iria admirar aquela destruição vertical.
Para finalizar, cinco degraus levavam você até um tronco de madeira nada confiável, que possuía piranhas robôs abaixo em um tipo de aquário. E antes da chegada, eu deveria me arrastar por um tipo de lama cercada por arames farpados.
- Que merda é essa?!
- Pista especial. Me inspirei em Hércules da Disney, muito bom não?
Todos começaram a rir, e percebi na roubada que me meti.

- Vamos Sam… Você consegue… - Me motivava sussurrando.
Claro que correr cem metros era moleza, qualquer mortal faria isso. Mas acho que aquilo era apenas para pegar o impulso para o pêndulo da morte. Eu já havia visto aquilo em jogos de videogame, mas como se constrói uma coisa dessas?
“Cada pêndulo demora mais ou menos 10 segundos de um canto a outro, desordenadamente, porém fica 5 segundos antes de atingir o meio da pista.”
Então comecei a correr, contando o ritmo do pêndulo, quando a contagem atingiu 5 segundos eu acelerei ao máximo sabia que demoraria pelo menos 8 segundos para atingir minha velocidade máxima, e com isso eu já havia passado metade das serras. "Seja quem for o Deus dos Corredores de 100 metros, me ajude." As serras já estavam cortando o ar em minha direção quando passei a quarta.
- Você está indo bem, você consegue! - Gritou Marcelo. Sabe quando você vê Tom e Jerry, e o Jerry passa com o cortador de grama nas costas do Tom. Eu me senti assim quando passei a última, fechando os olhos para não ver o estrago.

O que me alertou foi o grito de vitória dos campistas quando o pêndulo passou por mim, mesmo com toda a ambrosia do olimpo, aquilo teria feito um estrago. "Eu tenho que agradecer ele na fogueira depois."
- Abri os olhos se não vai dar de cara com a parede. - Falou Marcelo. - Dica, use essa sua velocidade como impulso. Você tem 25 segundos. Você consegue.
Os 500 metros eram só um preparo para o que estava por vir. Guardei energia até faltarem 100 e a escalada parecer muito maior do que realmente era. Corri em velocidade maxima e saltei para atingir uma altura maior na parede de escalada.
- Oh que p... - Joguei meu corpo para o lado, agarrando umas pedras mais baixas e desviando daquele incômodo de deslizamento de pedras. As pedras não eram grandes o suficiente para me derrubarem, mas com a velocidade em que desciam, fariam um grande estrago caso caíssem em minhas mãos ou rosto. Continuei subindo sem muita dificuldade até que o segundo tremor veio. Me segurar ali seria uma tarefa muito difícil, então flexionei meus joelhos e agarrei com força os apoios que eu segurava.

- Vamos lá Sam, vamos lá! - Respirei fundo antes de continuar subindo, agora chegando até a metade daquela parede enorme. Esperei atentamente pelas pequenas pedras, mas ao invés delas me vi indo de encontro com fileiras de lava que desciam em minha direção. - Ahn, tá de sacanagem né? - Gritei o mais alto que pude, me jogando para o lado e continuando a subir, tentando ao máximo possível não ser atingida.

A calmaria chegou novamente mas não durou muito tempo, a parede parecia querer fazer os meus piores pesadelos acontecerem. As pequenas pedras que caíam se misturaram a um pouco de lava, tornando-as mortais, e o tremor? Bom, digamos que se eu não tivesse sido rápida o bastante para pegar a minha adaga e sem dó nem piedade, crava-la na parede, os campistas teriam uma mortalha para queimar. Me segurei ao objeto como se a minha vida dependesse daquilo, e bem... Ela dependia.

Tirei a adaga com um pouco de dificuldade e tornei a subir, pondo a arma em minha boca enquanto escalava. Ninguém nunca havia dito que eu era inteligente, certo? Pedras comuns voltaram a descer em minha direção, uma delas atingiu a ponta da adaga que ia em direção a minha bochecha, deixando um corte ardido no lugar e me fazendo perder meu único trunfo. - Isso é uma pegadinha, só pode. - Reclamei aos berros, continuando a subir enquanto a lava descia em minha direção. Parecia que quanto mais alto eu chegava, mais quantidade se acumulava no topo, tive uma dificuldade imensa para desviar da fileira e me senti em uma arena dos jogos vorazes, quem havia sido o louco que inventou aquilo?

Quando atinge o topo, olhei do topo para o tempo. 40 segundos. Merda! No topo da escalada uma corda segurava a parede. "Ora de bancar o Tarzan." Enlacei meu braço com a corda, cortei-a com a adaga e saltei. A corda apertou o meu braço durante o caminho, mais a sensação de liberdade e do vento batendo em meu rosto durante alguns segundos, me fizeram me sentir livre e esquecer tudo. Conforme a distância ia diminuindo, vi o tronco passar por mim e larguei a corda.

Apenas senti o impacto do chão em minhas costas e sai girando tentando diminuir o impacto, já sem ar.
- Isso foi demais! Caralho! Que foda! - Disse Marcelo. Eu apenas conseguia gemer de dor. - Vai valer a pena correr depois do que você fez.
Reuni forças e sorri.
- Dez vezes.
E com isso, meus colegas me levaram para um canto para descansar.

Obs: To replicando meu treino feito. Minha conta tinha sido apagada, então... É isso

Avaliação
Atualizado por: Poseidon
Bom, mas básico.

♦ NARRATIVA 15/20
♦ CRIATIVIDADE 13/20
♦ GRAMÁTICA 20/20
♦ HABILIDADE 15/20
♦ NPC 14/20

TOTAL 77/100
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Mensagem por Aaren Young Qui Set 14, 2017 8:49 pm

Sweet, brilliant idiocy

Depois de quase ser serrada ao meio eu não estava muito ansiosa para treinar com Marcelo, por mais gente boa que ele parecesse ser. Mas ainda assim eu não consegui resistir à tentação de voltar naquela pista. O vento no meu rosto, a sensação de liberdade, a bunda do instrutor... Era uma tortura gostosa, e eu estava disposta a me arriscar um pouquinho para ver aquilo de novo.

Puxei meu gorro e usei toda a habilidade que papai me deu para passar despercebida. Marcelo estava do outro lado da pista, apostando corrida com uma garota que parecia a ponto de desmaiar. Ainda bem que eu não tinha vindo mais cedo. Me escondi perto da parede de escalada para assistir aos dois enquanto fazia um alongamento.

Ele ficava lindo correndo, o suor encharcando a camisa branca que colava em sua pele e exibia seus músculos. Nem parecia aquela alma sádica que tentou me matar na pista outro dia. Acho que fiquei encarando demais, porque no percurso de volta ele olhou para mim.

– Parabéns, Aaren. O gato sádico te viu. – falei entre os dentes.

Esperei que o rapaz voltasse a prestar atenção na corrida para contornar o paredão. Com um pouquinho de sorte ele estaria ocupado demais vencendo para se preocupar comigo, já com um pouquinho de azar ele apareceria atrás de mim em menos de cinco minutos.

Eu dei sorte.

Seis minutos depois ouvi a voz de Marcelo e senti minha espinha gelar.

– Oi! Tudo bem? – ele perguntou com aquele sotaque fofo.

– Estava. – deixei escapar.

Deuses, outro vexame. Endireitei a coluna e encarei meio sem jeito a cara de ‘como?’ que o rapaz fazia.

– É... Eu bati meu dedão naquela história de pular de um lado para o outro. – menti.

As rugas em sua testa despareceram. Quase soltei um suspiro de alívio.

– Ah, então você já aqueceu? Ótimo!

– Isso mesmo, aquecida e dolorida. É uma pena que não vá dar para eu-

– Sem tempo a perder, então. Para a pista de barreiras. Energia!

Eu abri a boca para contestar, mas o cara já estava de costas e correndo. Sádico, muito sádico. Acho que ele fazia de propósito. Me arrastei atrás de Marcelo como se entrasse no corredor da morte.

Não houve enrolação dessa vez, o rapaz devia estar com medo de eu fugir para as colinas. Apertou o botão feio e cinza assim que coloquei os pés na pista. O chão tremeu. Grandes paredes de concreto saíram do solo e cercaram meu caminho. Tinha buraquinhos nelas, o que fez meu estômago girar em antecipação.

Outra coisa em que reparei era que os restos mortais dos obstáculos destruídos ainda estavam lá, e não havia nenhum sinal dos novos.

– Senhor instrutor, é uma bela pista e tudo o mais, mas onde estão as barreiras?

Não precisei olhar para Marcelo para saber que tinha um sorriso lindo e maníaco no rosto.

– Ah, essa é a melhor parte!

Talvez ele fosse explicar o que estava para acontecer, mas o rugido da serra abafou sua voz e eu não quis ficar esperando. Saí correndo como se meu traseiro dependesse disso – e dependia.

No começo deu tudo certo. O vento acertava meu rosto e arrepiava minha pele enquanto eu ganhava velocidade, o ronco da lâmina assassina diminuindo conforme ficava para trás. Até comecei a cantarolar uma música para ver se apagava aquele som da minha cabeça.

Vinte metros à frente o paraíso acabou. Um apito agudo soou, e então do nada uma barra de ferro saiu de um dos buracos na parede. Eu freei, tropecei, caí e rolei, o que me impediu de bater de peito contra ela. Toda a vantagem que eu tinha conseguido virou história.

Levantei aos trancos e barrancos, ignorando meus joelhos ralados e a total falta de noção do treinador. Alguém precisava mesmo contar para ele que matar seus alunos não era uma boa prática. Corri mais dez metros e ouvi o apito de novo. Era hora de saltar, antes que trombasse com a nova barra e o fatiador humano cumprisse sua função.

Estiquei minha perna e senti o prazer do voo apagar o medo da serra. Nem vi a haste metálica sair e se grudar na outra parede, só fechei os olhos e aproveitei o momento. O ar frio, a liberdade, a paz... Quase compensava a ameaça de morte. Quase. Tinha certeza de que aproveitaria muito mais se não tivesse de fugir desesperada assim que meus pés tocassem o chão.

Meu pouso não foi nem de longe gracioso. Fiquei tão distraída no pulo que caí de mau jeito, meu coração indo parar na boca quando os dentes de metal roeram minha calça.

– Ai, minha deusa dos traseiros... – choraminguei enquanto tentava recuperar velocidade, mas a serra não saía de perto. Era quase como se estivesse acelerando junto comigo. Ouvi a voz distante de Marcelo gritar algo sobre “só três erros” entre os tradicionais “vamos lá!”, “energia!” e “não perde o ritmo!”. Agora sim eu estava em apuros.

Olhei para os lados. O corredor estava mais estreito do que da última vez, não dava para me safar colando o corpo no muro, e o apito da perdição já soava de novo. Não tive escolha se não saltar.

Apertei os olhos com força e cruzei os dedos. O frio na barriga do voo se misturou com o do medo e meu pé bateu no chão. Foi com força demais, senti a sola ardendo, mas não diminuí o ritmo por um segundo que fosse. Mesmo assim os dentes continuaram colados em mim.

Faltavam cinquenta metros e sei lá quantas barreiras. Pelos destroços no chão, muitas. Eu precisava encontrar um jeito de me safar, antes que as parcas decidissem que já riram o suficiente e me dessem uma morte rápida.

– Atena me acuda. – murmurei, uma ideia louca surgindo em minha cabeça.

Disparei a toda velocidade. A serra ainda estava logo atrás de mim, mas consegui ganhar alguns segundos de vantagem. Então o apito veio. Impulsionei meu corpo para cima e pisei na barra de ferro que surgiu entre as paredes. Era um plano simples: eu ia usar o impulso extra para cair bem longe da lâmina assassina. Só não contava com o fato de que a barra não aguentava meu peso.

Ela quebrou com um “clench”. Meu coração pulou uma batida quando senti o vazio embaixo de mim. Nem tive tempo para pensar, só senti a dor de minhas canelas raspando no chão e agarrei a barra.

– Droga, droga, droga, droga...

Eu só tinha uns instantes antes que a roda da morte passasse por cima de mim. Apoiei minha mão no chão para tentar me levantar, e então senti uma coisa importante – o buraco dos trilhos. Arregalei os olhos. Era outra ideia louca, mas eu não tinha muita coisa melhor. Enfiei a haste nele com todas minhas forças.

Houve um ruído horrível quando a serra trombou contra a haste. Faíscas surgiram, me obrigando a cerrar os olhos, e tudo começou a tremer. Quando digo tudo, quero dizer tudo mesmo. Até os muros. Engoli a seco – o lugar ia colapsar.

As hastes saíam e entravam das paredes sem ritmo nenhum, o apito soava como uma sirene e eu corria como se não houvesse amanhã. Nem tentei pular as barreiras, só rolei por baixo delas e desviei quando uma explodiu, espalhando estilhaços para todos os lados. Um entrou no meu braço, mas no pânico eu mal senti. Só continuei correndo até estar bem longe da pista explosiva e do moreno sádico, antes que ele decidisse me apresentar a um circuito novo.


(ross)


Avaliação
Atualizado por: Hermes

Devo dizer que, em qualidades narrativas, seu treino me impressionou.  Dando uma noção especial de detalhes vivos aos acontecimentos ao entorno do personagem em questão, quase fora magnífico. Acredito que poderia ter feito um pouco melhor, porém o treino está agradável ainda. Meus parabéns.

♦ NARRATIVA 20/20
♦ CRIATIVIDADE 15/20
♦ GRAMÁTICA 20/20
♦ HABILIDADE 15/20
♦ NPC 15/20
                       
TOTAL 85/100  
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♦ TREINO DE AGILIDADE ♦ Empty Re: ♦ TREINO DE AGILIDADE ♦

Mensagem por Barbara Merrick Sáb Out 14, 2017 3:53 pm

fight the good fight
treino de agilidade 01

Esse era o único treino que me fazia esquecer ser uma semideusa. Talvez por ser uma atividade normal, talvez porque correr esvazia a mente ou talvez porque o instrutor é um latino gato. Fica o questionamento de qual seria a resposta. Mas a questão é que eu amo me movimentar, levar o corpo até o seu limite e ultrapassá-lo, por isso o treino de agilidade é tão perfeito pra mim. Incrivelmente, aquele treino era sempre o mais vazio do acampamento. Acho que os campistas preferem treinar suas habilidades bélicas, só esquecem que sem preparo físico e condicionamento, as habilidades não servem pra nada, afinal você fica cansado nos primeiros 15 minutos.

- Pra quem é recordista em corrida você tá bem atrasado, Marcelo. – disse batendo em um relógio imaginário no pulso, recebendo do instrutor um sorrisão de volta, como se não tivesse o provocado. – Você quem está adiantada! – ele riu, mandando eu me alongar enquanto ele preparava o circuito. Usando apenas roupa de academia comum, sem armadura, e com um instrutor que não é sátiro, pra variar, até parecia que minha vida não havia virado de cabeça pra baixo desde minha chegada ao AMS. Com a cabeça viajando, em poucos minutos eu já havia alongado cada músculo do meu corpo.

Pra aquecer, Marcelo determinou um funcional com quatro bases, 1 minuto em cada. A primeira base era isometria. Deitei no chão, apoiando o corpo apenas com os antebraços e a ponta dos pés, como uma prancha. A cada 15 segundos, levantava um braço pra cima, de forma retilínea, alternando direita e esquerda. A segunda base era polichinelo com agachamento, fazia o movimento de estrela, encontrando as mãos no topo da cabeça a cada salto e agachando com postura a cada pisada no chão. Já estava cansada aí, mas segui sem reclamar pra terceira base, abdominal. Marcelo gritava cada vez que percebia que eu estava vacilando na atividade, o que me forçava a manter o ritmo apesar dos músculos já doloridos. Agradecendo aos deuses por estar na quarta e última base, fiz o ordenado: correr parada no lugar, levantando os joelhos até a altura da cintura, batendo-os na palma das mãos. Estava me sentindo um jogador de futebol prestes a entrar em campo, ainda mais porque o ritmo era muito alto.

Quando o cronômetro soou o final, me joguei no chão, exausta. Estava toda molhada de suor, como se estivesse fazendo um treino de natação e não de agilidade. – Agora que você aqueceu, podemos correr! – disse o moreno galã, sorrindo com aqueles dentes estupidamente brancos enquanto eu estava com o rosto vermelho de tanto exercício. – Você tá curtindo com a minha cara? – mas não. Não era brincadeira, como eu notara assim que ele se posicionou na pista de corrida simples de 800 metros. Bom, pelo menos não tinha obstáculos ou pegadinhas dos filhos de Hefesto. Contra a vontade, mas sem declinar um desafio, me posicionei ao lado dele. Dedos no chão, olhos focados na pista, joelhos dobrados e o suor ainda escorrendo pela testa. Foi dada a largada.

Saí em estirão, fazendo minha melhor performance à lá filha de Hermes. Sentia o impacto dos meus pés no chão percorrer todo o corpo, as passadas grandes devido minhas pernas longas e a respiração ritmada. Foram segundos que, pra mim, passaram em slow motion. Mas todo o esforço não adiantou, Marcelo ganhou de mim com uma grande diferença de tempo. Ele sorria satisfeito, não sei se consigo mesmo ou com minha garra. Meu lado competitivo me fez ter vontade de socar aquela felicidade por ter me vencido, mas o bom senso me controlou e eu escutei atentamente suas correções. Para corridas de curta distância, eu precisava queimar toda a energia de uma vez, diferentemente de maratonas ou corridas de salto, que precisam de mais constância. Acenei com a cabeça ao ouvir os toques, anotando-os mentalmente. – Obrigada, Marcelo. Na próxima se prepara que eu venho pra ganhar.  – disse segura, mas sem muita credibilidade, já que falei extremamente ofegante  e praticamente agachada, apoiando as mãos nos joelhos. – Vai sonhando!


ps: peguei mais leve por ser nível 1, a personagem ainda não tem preparo pra fazer super coisas ainda, perdão se tiver ficado meio comum!
➤ Treino Árduo: Essa habilidade permite ganhar 1 ponto extra em todo treinamento que realizar.


Barbara Merrick
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Mensagem por Mnemosyne Sáb Out 14, 2017 5:21 pm

Barbara Merrick


Barbara, seu treino ficou um pouco comum, como você comentou no final, mas não se preocupe. Apesar da falta de excentricidades, eu gostei bastante. Notei que você sabia o que sua personagem fazia, o que me surpreendeu por se tratar de exercícios (algo que não sou muito familiarizada). E o melhor de tudo, você foi coerente. Sua personagem é nível 1 e ainda se cansa com facilidade, então não há problema nela parecer tão “comum”.

Como eu disse, achei bem interessante a parte dos exercícios, ainda mais porque eles não apenas foram mencionados, foram descritos e de maneira que leigos possam entender o que acontecia.

Quanto a gramática, encontrei nada de absurdo e que me fizesse perder a vontade de continuar a leitura. O único problema que eu recomendo que não haja em seus próximos textos, é o uso de meia-risca no lugar de travessão.

Foi um treino bom.

Narrativa: 20/20
Criatividade: 15/20
Gramática: 15/20
Habilidade: 10/20
NPC: 15/20

Total:  75/100


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