Danny's Forge

Forge Son

A caldeira já estava quente, o material derretido, líquido, na cor do magma. O suor escorria pelo meu rosto e vez ou outra descia até a caldeira, evaporando em contato com o fogo líquido.

Eu estava nu, como sempre fazia ao trabalhar na minha forja, o suor escorrendo pelo meu corpo, brilhando a luz incandescente. Na caldeira, o oricalco e o alumínio haviam se fundido de maneira quase mágica, o palpite de Mathews inteiramente correto, como sempre.

Ouvi o bip da máquina, antes do flash quase me cegar.

— Poderia, por favor, parar de tirar fotos minhas nessa situação? — Eu perguntei, indignado com a cara de pau do filho de Athena.

— Me desculpe, mas, não fotografar você trabalhando seria um pecado! — Ele respondeu, dessa vez o flash vindo de baixo, provavelmente ele pegara um ângulo em seria possível me ver por dentro. — Além do mais, você me deve... — Ele riu, dominante da situação.

Sim, ele tinha razão. Eu o devia, mesmo que isso não fosse algo a ser feito entre amigos. Mathews havia me feito o favor de replicar a tecnologia para fusão atômica e me ajudará a construir uma máquina capaz de derreter diamante, além de, quando soube de minha missão, tratou de me dar a dica sobre o Oricalco com alumínio, dizendo que a fusão dos átomos de carbono entre os dois materiais eram perfeitas, além de ser muito efetivo contra criaturas marítimas, que era o que ele imaginava ser a causa dos incidentes.

Eu estava preocupado com a viagem, mas Mathews e eu montamos uma espécie de base na minha forja, onde poderíamos nos comunicar e compartilhar informações, para desvendarmos toda a trama que estava ocorrendo na Nova Zelândia.

Eu conhecia Mathews desde que entrara para o acampamento, acredito que absorvi parte de sua personalidade confiante graças a ele. Eu não o amava, mas gostava de sua companhia. Sua mania de tira fotos de pessoas nuas era algo estranho, mas sinceramente não era tão insuportável.

— Alex disse que ia dar uma passada aqui, quando tivesse tempo. — Ele comentou, antes de um novo flash aparecer. De alguma forma ele havia se enfiado em minhas pernas sem que eu notasse.

— Ah, Alex nunca tem tempo! — Eu respondi, tentando ignorar o ângulo em que o outro estava. No geral Alex não tinha tempo nem para respirar, a enfermaria vivia cheia e, com o desaparecimento do monitor de Apolo e seu er...irmão, poucas pessoas podiam substituí-lo.

— Mas o que é que os dois estão fazendo? — Alex perguntou, seu rosto pasmo.

Aparentemente, ele tinha tempo para aparecer na oficina.

Chegara tão silenciosamente que não conseguimos notá-lo. Quando percebemos, ele já estava na porta, parado como uma estátua, incrédulo com a cena que estava vendo. Eu até podia entender o sentimento dele, mas não podia me culpar por não acreditar que ele estaria ali na minha forja, ainda mais considerando os últimos ataques ao acampamento.

— Eu estou tirando foto, ele está forjando! — Disse simplesmente o filho de Athena, antes de tirar uma foto da cara de Alex.

Seguiu-se uma longa conversa sobre o fato de eu só conseguir forjar quando estava pelado e que Mathews me ajudava com combinação de materiais, maquinário e essas coisas, além do fato de ficar tirando foto de mim o tempo todo.

Por algum motivo, o fato de eu estar pelado na frente dele pouco o incomodava, imagino que tinha que ver muita gente pelada o dia todo no hospital, então mais um não fazia diferença. Ele se assustou quando disse que estava me preparando para uma missão na Nova Zelândia e disse que tentaria tirar folga para ajudar Mathews no controle de informações.

Claro que a partir daí eles começaram a discutir coisas que eu não conseguia compreender. Um era médico, outro era um crânio por natureza, não precisavam de muito para começarem a falar de coisas complicadas.

Eu me concentrei na caldeira, estava no ponto. Peguei o molde do martelo de batalha que eu havia planejado como arma, era minha melhor opção nesses casos, eu não sou muito acostumado a outras armas, então aquela era minha melhor aposta.

Fui até a máquina de fusão que havíamos construído e pus o diamante numa câmera bem controlada e fechei a porta. Mathews já estava no computador, enquanto explicava para Alex sobre a funcionalidade dos mecanismos, aparentemente, ambos tinham uma teoria bem interessante a esse respeito.

Os raios começaram a subir na câmara, era radiação eletromagnética, realizando a fusão nuclear. Deixei esse processo delicado nas capazes mãos de Mathews, enquanto me concentrava na caldeira.

Usando um processo que havia automatizado com braços mecânicos, despejei os metais liqüefeitos no molde, deixando preencher todo o espaço, enquanto isso, eu recebi a notícia de que o diamante havia sido derretido. Me aprecei em colocar a liga brilhante derretida junto com as demais no molde e, para completar, pus o Olho do Trovão, uma pedra com faíscas soltado por todos os lados no meio da cabeça dupla do martelo.

Como Mathews havia previsto, os átomos de carbono se ligaram na alta temperatura e começaram a organizar a cadeia, misturando os metais em um perfeito equilíbrio.

Apertei um botão na mesa de controle e um de meus braços mecânicos, fechou o molde e mergulhou em nitrogênio líquido, finalizando, após alguns minutos o resfriamento do metal.

Quando abrimos o molde, havia surgido uma nova criação, Mjölnir.

Item Criado:

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Forge Son

O dia tinha começado agitado, com treinos e limpeza do Chalé.

Madea estava particularmente inspirada desde nosso último treino e estava me deixando uns bons hematomas de lembrança, provavelmente para que eu estudasse em casa como não ficar tão destruído.

Eu deveria ter me dirigido direto para o chalé, mas meu monitor estava sendo particularmente irritante ultimamente reclamando da bagunça dentro do chalé. Éramos todos mecânicos, como ele queria que o chalé estivesse? Era óbvio que haveria porcas e parafusos espalhados por todo o canto.

Para fugir do estresse, eu resolvi que metal deveria ser martelado.

Para minha surpresa, quando estava para abrir a porta, dei de cara com outro campista, alguém que até aquele momento não havia tido o prazer de conhecer.

— Olá, em que posso ajudá-lo? — Perguntei, tão logo entrei.

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Forge Son

Eu ri com a pergunta do visitante. Então era um cliente, ótimo, eu precisava mesmo de fazer algum esforço.

— Sim, a forja abriu a pouco tempo e não, eu não vim procurar um ferreiro. — Falei, enquanto contornava o balcão, ainda com porcas e parafusos espalhados por cima dele — Danny Yad, filho de Hefesto, dono desse lugar.

Abri um sorriso largo, a oportunidade de tentar uma nova criação começando a embutir adrenalina em meu sangue.

— Então...O que tem em mente? Quais materiais vai precisar? — Perguntei, pegando uma folha para desenhar o item e anotar os materiais necessários para a fabricação.

LFG@

Forge Son

Enquanto ele me enunciava seu pedido, eu iniciei o projeto da arma. Não era algo tão difícil, mas os materiais pedidos provavelmente sairiam caros, mas seria um trabalho bem feito.

— Bom, como pode ver, não são materiais muito baratos, embora seja absolutamente possível adicionar os materiais que mencionou. — Eu terminei o desenho e mostrei a ele. — O custo dos materiais é de 503 dracmas, dessa forma poderá atribuir os dois elementos que deseja a arma.

LFG@

Forge Son

Olhei para o filho de Hades e decidi não cobrar mão de obra, afinal, seria bom para mim ocupar minha mente e suar um pouco. O único problema é que ele teria que me ver pelado, mas duvido que isso importasse muito para o filho de Hades.

— Apenas os materiais. Não vou cobrar nada a mais.

Fiquei observando o projeto, preparando-me mentalmente para os processos necessários para a fabricação. Acredito que resolveria tão logo conseguisse os materiais.

— Não vou precisar o dia, mas no máximo em 48 h eu devo conseguir terminá-lo. — Disse, já ciente de que alguma coisa sempre podia dar errado. — Se aceitar o preço, posso começar tão logo.

LFG@

Forge Son

— Talvez uma coca, provavelmente vou estar suado. — Não quis falar para ele que eu estaria nu também, mas não era necessário assustá-lo logo naquele momento.

LFG@

Forge Son

Quando o menino de Hades saiu eu me detive a realizar o projeto. Ferro estígio era um material particularmente difícil de trabalhar, mas nada que eu não pudesse executar, se fosse atento o suficiente, o que queria dizer que tinha que tirar a roupa.

Tirei a roupa, enquanto derramava o fragmento de ferro estígio na caldeira, que fumegava na intenção de derreter o material. Adicionei o titânio, quando o ferro estígio já estava em estado líquido, vendo os átomos de carbono de unindo numa ligação equilibrada.

— Ótimo, os materiais combinam. — Era minha maior dúvida, todas as outras questões seriam fáceis de resolver.

Enquanto a caldeira trabalhava, resolvi que seria melhor combinar as gemas elementais.

Chamei os braços mecânicos, cada um segurando uma esfera. De um lado, um fragmento sólido de trevas, emitindo sentimentos negativos, odiava trabalhar com aquele tipo de material; do outro, um metal incandescente que me causava boas vibrações.

Segurei cuidadosamente a gema que receberia os dois elementos. Com uma máquina de fusão a frio, as duas gemas foram devidamente unidas, formando um material que queimava como o gelo, emanando uma aura perigosa.

No termino disso, peguei o molde do bidente e despejei o metal liquido fundido no molde, deixando que preenchesse todo o local, a arma já tomando forma. Antes que o liquido se enrijecesse, eu coloquei a gema dos elementais fundidos, afogando-se no metal líquido. Um dos braços mecânicos fechou o molde, e o esfriou com nitrogênio líquido.

— Está pronto! — Eu exclamei quando enfim o braço mecânico tirou o molde superior e eu pode sentir a vibração da arma. Era perfeita!

Sentei, ainda nu, na minha cadeira, feliz pelo trabalho bem feito.

Arma Forjada:

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Forge Son

Acabei por cair no sono após o trabalho, mas ouvi o alarme do sistema quando alguém entrou pela porta. Levantei-me ainda sonolento, ouvindo a voz do Ace, o cliente que encomendara o bidente.

— Estou aqui atrás, Ace — Eu disse, enquanto me dirigia até onde havia posto o bidente, junto com algumas armas encomendadas. Havia saído exatamente como eu planejara, e como o garoto de Hades pedira.

Virei-me no momento que o garoto de Hades entrou na forja, com um sorriso triunfante, não tinha me lembrado que ainda estava nu. Como viera ao mundo.

LFG@

Danny Yad escreveu:

Forge Son

Percebi tarde de mais que estava nu, mas não havia mais o que fazer, já que ele havia visto tudo. O filho de Hades pareceu não se incomodar com minha falta de roupa, mas aquela era a úncia maneira que eu conseguia me concentrar na forja.

— Obrigado. — Disse, aceitando a bebida. — Tome, pegue no ferro, sacie sua curiosidade.

LFG@

Forge Son

— Foi um pouco trabalhoso, mas nada impossível, na verdade. — Repondi a pergunta do garoto, sentando-me na bancada com as pernas abertas. — Ah, ela se transforma em pendante, imaginei que ficar carregando essa coisa de cima para baixo deva ser estranho, além disso, ela pode causar dano de trevas ou de fogo, segundo seu próprio desejo. — Eu disse, minhas mãos se movimentando um pouco.

LFG@

Forge Son

— Claro! — Foi o que respondi à pergunta do filho de Hades.

Quando o bidente se transformou em pendante, eu gentilmente o prendi no pescoço de Ace, fazendo um leve carinho no local.

— Pronto! — Disse, ao fim do trabalho.

LFG@