Estábulos do Acampamento - atualizado 16/09

Este é o lugar onde os animais de montaria estão alojados. Cavalos, Pégasos, Unicpornios, Grifos, Dragões e outros seres. Há muito feno para ser distribuído, carne estocada e ração para os outros tipos de feras. Sempre tem muito cocô para ser limpado então, se empenhe nisso.

O estábulo é um dos locais de trabalho dos meio sangues. Basta criar uma postagem limpando o local, escovando os equinos ou qualquer outra função dessas, para obter 50 Dracmas. Só pode postar duas vezes (2 vezes) por semana.

á há algum tempo que Jay não ia aos estábulos mas era um dos seus locais favoritos no Acampamento. Como filho de Poseidon que era sempre teve muita afinidade com os animais, principalmente equinos, e por isso passava muito tempo a tratar dos cavalos e dos pégasos.
Já conhecia todos os animais ali presentes e sabia como trata-los, alguns tinha necessidades alimentares especiais, havia até éguas grávidas.
Depois de alimentar todos eles tratou de limpar os aposentos de cada um, deixá-los livres de fezes e urina.
Quando olhou para o seu relógio já estava ali há 3 horas e já sentia alguma fome então encaminhou-se para o seu chalé onde iria tomar um banho, ninguém merecia sentir o cheiro dos excrementos dos animais à hora da refeição.

— a aposta.

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Palavras são nossa inesgotável fonte de magia.

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– Me diga outra vez: por que eu concordei em limpar os estábulos?

Fiz uma careta de nojo e enfiei minha pá no estrume. Uma menina de cabelos dourados continha o riso enquanto me observava. Desapoiou as costas da baia e chegou do meu lado.

– Dinheiro, aventura e glória. E você perdeu minha aposta. – Deu uma piscadela.

– Uma merda gloriosa, apostar contra filhas de Tique. Principalmente quando elas não me contam o que são.

– Você nunca ia aceitar se eu dissesse.

– Talvez aceitasse. Só para te contrariar.

– Bem, na próxima você já sabe.

Ela estendeu a mão para dar um tapinha no meu ombro. Ergui uma sobrancelha. Contato físico não era algo que eu gostasse.

– Que tal um abraço? Eu estou mexendo com merda só faz duas horas. Talvez três.

A loira recuou torcendo o nariz. Dei um sorriso vitorioso e levei mais uma pá de estrume para o saco. Um pouco caiu para fora e rolou até nossos pés, o que fez ela pular.

– Viu uma cobra? – debochei, rindo enquanto a garota tentava recuperar um pouco de dignidade alisando as próprias roupas.

– Ha. Ha.

– Eu sou hilário desse jeito.

Pisquei um olho e amarrei o saco, bufando enquanto o arrastava para fora do estábulo. Pesava mais do que parecia. Peguei um novo e recomecei o trabalho de enchê-lo de esterco.

– Quantos mais você vai me obrigar a encher?

Eu estava ali há tanto tempo que nem reconhecia o fedor. Meus braços reclamavam a cada pá levantada.

– A aposta é limpar o estábulo, e não encher tantas sacolas.

Ela soltou um riso sádico. Parei a pá no ar e ergui uma sobrancelha.

– O estábulo? Exatamente “o estábulo”?

– Sim. – a garota disse devagar, sem entender o porquê de minha pergunta.

Estreitei os olhos e dei um sorriso de lado.

– Ótimo.

Comecei na mesma hora a recolher os materiais de limpeza.

– O que-

– A aposta é limpar o estábulo, e não todo o estábulo. Meu trabalho aqui terminou.

Dei uma piscadela e saí, sem esperar que ela processasse a informação. Agora eu só queria encontrar uma brecha na fila do banho.

fight the good fight

estábulos 01

Engraçado como os campistas tendem a se incomodar quando destinados a limpar os estábulos, como se cagar não fosse a coisa mais natural do mundo. Talvez os filhos de Afrodite façam bombons e pum com cheiro de perfume, mas não espero dos pobres cavalos  mais do que o ciclo natural do seu organismo: um belo de um cocozão depois das refeições. Por isso, naquela bela manhã de sol - o que só piorava o cheiro de fezes, sem frescura e nojinho, estava a postos entre os estábulos, com galochas amarelas combinando com as luvas grandes demais, o cabelo preso no boné de nyc e com um óculos escuros pra esconder dos amigos equinos minhas olheiras.

Peguei a pá e uma porção de sacos pra começar meu trabalho. De estábulo em estábulo, fincava a pá embaixo do amontoado de fezes, deslizando-a para baixo dele até que estivesse cheia, para em seguida colocar dentro do saco o que havia juntado - claro, com muito cuidado para não derrubar fora e fazer uma lambança de coco. Repeti o processo incontáveis vezes e a cada saco cheio, amarrava-o bem firme e o carregava até um tamburão para que depois virassem adubo. - Tá com saúde, cara! - falei rindo pra um cavalo que relinchou quando passei, orgulhoso da pelotona que tinha feito depois de comer algumas cenouras. Sempre admirei os cavalos, tão guerreiros quanto qualquer ser humano ou semideus, travando guerras com, me arrisco dizer, ainda mais bravura, e por vezes tão esquecidos.

Pra finalizar o serviço, peguei a mangueira do estábulo e com o jato na maior potência, limpei o local, aproveitando a pressão da água pra retirar o resto de fezes pregadas no chão. Joguei um desinfetante no locais "mais problemáticos", esfregando com uma vassoura de plástico, e novamente enxaguei o chão de cada estábulo e de seu corredor. Depois de guardar em seu devido lugar os itens de limpeza,  caminhei até atrás dos estábulos, onde estavam empilhados blocos de feno, e peguei um dos blocos. Espalhei o feno no chão do local, para facilitar a próxima limpeza e para não machucar os cascos dos cavalos quando caminhassem pelo concreto, dando por fim minha necessidade ali. Me despedi dos cavalos, batendo continência (como se fossem entender), e alisando a crina do meu amigo mais empolgado. - Nos vemos logo.

Estábulos

Para a maioria dos campistas, andar entre o feno fedorento, sentir o bafo dos cavalos e ter de limpar a sujeira deles praticamente todas as manhãs, com seus devidos revezamentos, era uma tarefa extenuante e entediante.

Para mim, era o Paraíso. Conversar com as poucas criaturas que me entendiam – apesar de eu não ser expert em decifrar a língua dos equinos, as proles de Poseidon sabem um bocado mais – era terapêutico. Às vezes, mesmo quando eu sabia que eles não podiam me compreender, o simples fato de compartilharmos o calor no toque me tranquilizava. Eles entendiam minhas perdas. E eu, as deles.

— Levantou cedo, Erik — a menina simpática que assumia o turno da manhã nos dias ímpares me saudou. — Aposto que Galante está ansioso para te ouvir. Já arrumei os outros cavalos, não se preocupe.

— Obrigado, Rebekah — minha bengala bateu em uma das pilastras de madeira. Senti a afável mão da moça encontrar com as minhas. — Você é uma das poucas almas boas dessa colina.

Eu realmente não me importava de ter que escovar mais uma vez os seres alados. Como criaturas mágicas, eu sabia que cuidado nunca era demais, especialmente com eles. Com a ajuda da filha de Poseidon, passei em cada uma das acomodações dos belos animais e os alisei, tirando os pedaços de palha, carrapatos e – quando não eram manhosos – lavando suas costas com toda a paciência e dedicação.

Galante havia ficado por último, mas nós dois sabíamos que o tempo de nada importava, contanto que estivéssemos perto um do outro. Relinchando de possível alegria – mais uma vez, não sou o especialista em decifrar aquele tipo de código – suas asas colidiram com meu rosto, me fazendo rir e apoiar as costas na lateral da pequena porta por onde eu havia entrado para tratar dele.

Passei a escova com calma, sentindo cada parte do corpo do animal. Àquela altura, eu já sabia fazer tranças na crina dos animais sem o auxílio dos tratadores. Embora os líderes de chalé não deixassem eu ter minha própria montaria – por motivos de segurança que eu mesmo compreendia – gostava de imaginar Galante desbravando os céus comigo, quando eu montava nele e brincava em um faz-de-conta cheio de monstros, espadas e prédios em ruínas.

Logo depois da limpeza e tratamento dos equinos, me despedi de Rebekah com algumas batidas da bengala na porta de entrada dos estábulos, sendo logo atendido por um dos sátiros que ali passava e resolvera me acompanhar até o chalé de meus meio-rimãos.

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