MvP- Deixando De Ser Criança- Liodas Proudmoore

O que acontece em Las Vegas

Fica em Las Vegas

Antes do acampamento e de descobrir que pertencia a um mundo mitológico, Liodas vivia em sua casa o tempo todo. Com o dinheiro providenciado pelo seu pai, conseguia tudo era necessário, incluindo o estudo através de aulas online. Sempre isolado em sua casa com empregados que raramente viam seu rosto. Sua vida não foi sempre assim, mas é de tudo que ele se recorda. Então ele descobriu o nome de sua mãe e nada mais foi como era.
O mundo com sua natureza cruel levou o jovem para uma aventura fora das proteções do Acampamento Meio-Sangue. Após um comunicado sem rodeios de que fora escolhido para a tarefa, não pôde fazer muita coisa além de andar para onde mandavam e levar o que tinha para se proteger. “Algumas semanas atrás, eu estaria rindo de alguém que estivesse carregando uma ‘Varinha de Condão’...” Ele não carregava alguma arma física, pois possuía nenhuma que o pertencia além de uma adaga que havia esquecido.
As informações a respeito da missão eram quase menores que a quantidade de coisas que Liodas carregava consigo. Depois de o deixarem no destino, ou próximo dele, não foi uma tarefa árdua se localizar no globo. As luzes, o calor e as loucuras de pessoas eram marcas de uma das mais famosas cidades dos Estados Unidos, Las Vegas. E apesar de não estar vestido a caráter para o local, fingiu possuir um pouco de autoconfiança ao andar, lançando os ombros para trás e ajeitando a postura. Sua calça, tênis e chapéu fedora o deixavam um pouco aceitável, porém, sua camiseta laranja do acampamento o faziam parecer uma atração — caso não estivesse na cidade onde o diferente e bizarro era normal.
Durante sua caminhada quase turística, o semideus pôde reparar algo de estranho em um contorno humanoide, estranho o suficiente para valer uma aproximação. Todavia, seu alvo suspeito não era uma estátua e o fez ser preciso persegui-lo até uma rua deserta, um beco sem saída. A situação se tornou ainda mais cliché com a surpresa que o filho de Hécate teve ao se deparar frente a frente com o ser desconhecido.
“Não posso atacar sem saber o que é ele... ou isso”, pensou enquanto sacava sua varinha. Ele não se preocupou em assustar um humano caso estivesse enganado, pois a névoa o faria ver algo de diferente do que realmente era e, mesmo se a névoa não fizesse isso, não haveria o que temer em um objeto como esse. Liodas possuía nariz e cabelo o suficiente para não ser confundindo com um Você Sabe Quem em Las Vegas.
O semideus então fez o que pôde para conseguir identificar aquele à sua frente como humano ou monstro. Caso estivesse escuro, ele poderia fazer com que seus olhos enxergassem como se fosse dia.

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Fica em Las Vegas

Liodas sabia de quase nada a respeito do mundo em que vivia. Apesar de morar no Acampamento Meio-Sangue há um tempo razoável, ninguém explicou a ele como funcionavam as missões exteriores. Perigo era a única informação que obteve por ouvir conversa alheia e também era a melhor palavra para descrever o que se encontrava a sua frente.
“Droga”, pensou enquanto tentava virar seu corpo para ficar com o lado direito de seu corpo na direção da criatura de metal, para assim saltar para o lado oposto e tomar distância segura. Não havia com o que se defender, nem mesmo atacar. O semideus estava quase indefeso contra aquela máquina assassina e, o que ele considerou ainda pior, encontrava-se sozinho num lugar onde nunca visitara para enfrentar algo que havia nenhum conhecimento a respeito.
Precisava fugir, mas sabia que deixar aquilo à solta seria algo arriscado demais.  Os mortais não saberiam o que fazer contra ela, provocando uma chacina feita por máquinas como em Exterminador do Futuro. Então, caso sua distanciada fosse efetiva, tentaria sacar sua varinha e então conjurar um feitiço para atordoar o autômato.
Feitiço Sombrio era o nome do que escolhera, um dos poucos que aprendera. O alvo seria a parte superior, a cabeça de lata, principalmente. Se aquilo deixasse o homem de metal zonzo, procuraria por algo que estivesse perto que fosse de ajuda naquela luta, desde uma espada — o que era pouco provável —, até uma pedra para jogar nas engrenagens.
“Não vou dar uma de herói”, passou pela sua cabeça caso todas as suas ideias falhassem e nenhum milagre ocorresse. Seu plano B estava pronto, reunir toda a sua adrenalina para dar o fora dali o mais rápido possível.

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