MVP - O Pássaro de Ouro - Melissa Thorne

Estava deitada no chalé de Lady Ártemis olhando as estrelas que magicamente eram mostradas no teto, pensava no último encontro na floresta com aquele lizalfo. Ao contrário das pessoas do sexo masculino que geralmente eram brutos, ignorantes e briguentos ele foi simpático e gentil. Ainda devia uma visita ao dito que cumpriria em breve.

Escutei o som de passos adentrando o recinto onde apenas mulheres tinham permissão de entrar e encarei um jovem sátiro, baixinho e mirrado que não parecia ser mais velho que eu. Ele nem entrou além do umbral da porta e já estava nervoso segurando um papel branco e o leu para mim um pouco trêmulo.

-Pelas suas características, o coordenador pede que a senhorita vá averiguar uma suspeita de górgona transformando todos em pedra no México.

Minhas bochechas coraram com a introdução e quando o sátiro terminou murmurei um tímido agradecimento e fui fazer os preparativos para minha viagem. Da janela chamei por Sigma e minha fiel companheira rapidamente apresentou-se para o trabalho. Se fosse quem eu estivesse pensando precisaria de toda a ajuda possível para conseguir vencer. Viajar de Nova Iorque para o México montada em Sigma exigiria muito e dela como não sabíamos de certeza se era Medusa que poderia estar causando estragos no lugar fomos de meios convencionais, ou melhor dizendo, fui de meios convencionais e ela me acompanhou pouco distante.

Ao chegarmos próximo de uma mineradora vi várias estátuas de mineradores e uma pena dourada flutuou na minha frente até pousar em minhas mãos. Logo pensei: homens, egocêntricos como sempre, mas um dos trabalhadores saiu correndo dela para fora gritando "pájaro de oro, pájaro de oro" como um lunático no momento que escutei um piar de canário alto e depois ser transformado em ouro. A expressão de medo dele deu-me um nó no estômago pela vida interrompida, se houvesse um método para reverter a situação deles eu faria. Nós caçadoras aprendemos que nenhuma vida inocente deve ser desperdiçada.

Meu espanhol estava um pouco enferrujado e pelo que havia entendido tinha algo relacionado com pássaro de ouro. Sigma guinchou estranhamente e, de relance, vi uma sombra de ave dourada passar a alguns metros de onde estávamos batendo suas enormes asas e um vento forte soprou pelo lugar. Quase acreditei que fosse o reflexo do sol poente em alguma superfície. Quase.

Preparei as armas que tinha levado comigo, dessa vez pressentia que nada seria tão cordial quanto das outras vezes. Que lady Ártemis estivesse comigo nesta caçada.

Q&D:

Habilidades:

Arsenal:

A ventania que foi gerada pel bater de asas da besta provava dois pontos: o primeiro era que tratava-se de certeza de uma criatura dos céus, e provavelmente controlava o vento que produzia. O segundo ponto não menos importante era que fui jogada a vários metros de onde eu estava e em nada pude segurar no trajeto.
Depois que parei de girar em cambalhotas pelo chão de terra seca levantei nas pressas estando em modo de batalha. Prestava atenção nas vozes dos espíritos dos ex-mineradores que foram transformados em ouro e dos que morreram ali, se fosse possível, para que me ajudassem ao passo que preparei minhas pistolas para atirar na ave inimiga  e criaria um campo florido ao redor para distraí-la o suficiente. Faria uma ligação de dores entre mim e minha oponente se eu errasse os disparos.
Se eu olhasse morria e, se ficasse parada também morreria, preferi então em tratar de ouvir a aproximação nos sons do animal e disparar. Confiava em Sigma para me ajudar a por o monstro na mira e sair do caminho na hora em que atirasse. Usaria minha capacidade de sentir presenças para descobrir a localização do alicanto, a ave que transforma em ouro.

Q&D:

Habilidades:

Arsenal:

Obs:

A ave acertou meu corpo em cheio fazendo com que eu batesse numa rocha ao ponto de quebrá-la em algumas partes. Tossi sangue com o forte impacto e senti o corpo molejar ao tentar levantar.
Não tão distante escutei o piar do pássaro dourado cheio da minha dor que fora compartilhada entre nós. Apesar de estar com um esboço de sorriso na boca ensanguentada não nutria nenhum sentimento em machucar um animal selvagem tão belo, mas também não poderia deixar que ferisse outros.
O alicanto agora estava caído no chão coberto de flores e eu teria que agir rápido se quisesse ter alguma chance de vitória. Assim que levantasse tentaria prendê-lo com suas próprias sombras ou as das flores e lançaria uma onda espiritual nele tentando separar a mente do corpo para que não sofresse muito. Nesse meio tempo usaria minha zootelepatia para Sigma atacá-lo da sua forma, caso ela não acertasse estaria preparada para destruir o espírito do nosso oponente ou acertá-lo com o arco num tiro triplo.

Q&D:

Habilidades:

Arsenal:

A ave estava debilitada após o sacrifício de Sigma e podia ver a fraqueza momentânea abater seu corpo. Lágrimas ameaçaram cair diante da tristeza que inundou minha alma, mas lembrei das palavras de Lady Ártemis dizendo que nenhum sacrifício é vão. Se fosse agir essa era a hora perfeita para um ataque com tudo de mim. Por Sigma, pelos mineradores, por mim.
Prenderia o alicanto com as sombras das flores e lançaria um pulso negro, seguido de destruição espiritual e, se desse tempo, um tiro triplo de flechas com o arco cobertas pela skycinese para quando atingirem o bicho.
Caso meus golpes não dessem certo tentaria desviar o máximo possível de contra-ataques sem olhar nos olhos da criatura, evitando ser transformada em ouro como os outro mineradores.

Q&D:

Habilidades:

Arsenal: